Foto: Divulgação
Mato Grosso do Sul recebe nesta quinta-feira (29), em Paris, o Certificado de Estado Livre da Febre Aftosa sem Vacinação.
Em vídeo gravado com a torre Eiffel de fundo, Verruck celebra o cumprimento integral de todos os requisitos exigidos para conquistar esta Certificação. “Com uma participação efetiva dos setores público e privado, com atuação das equipes da Iagro e da Semadesc, conseguimos alcançar este estágio. Isso permite uma ampliação de mercado à pecuária sul-mato-grossense”, comemorou.
Na avaliação de Verruck, Mato Grosso do Sul chega a um marco histórico. “Trabalhamos muito forte nos últimos vinte anos e, muito especificamente nos últimos dez anos, com o Programa de Erradicação da Febre Aftosa para chegar a este momento”, relembrou.
Referindo-se à coordenação do governador Eduardo Riedel, Verruck reforçou que a gestão sanitária do Estado é eficiente e gera resultados. Em Paris, o secretário está acompanhado da sua equipe da Semadesc, do deputado Paulo Corrêa (PSDB), da senadora Tereza Cristina (PP) e do presidente da Famasul, Marcelo Bertoni.
A senadora Tereza Cristina (PP) também celebrou a conquista para o Brasil e Mato Grosso do Sul – “É para vocês que estamos aqui. É para vocês que nós trabalhamos durante mais de 20 anos para que chegássemos a este status. Para que o Brasil possa, além da qualidade da sua carne, também, ter o status sanitário mais alto que um país pode alcançar para sua carne bovina”.
Organização Mundial da saúde – A comitiva de Mato grosso do Sul participa da 92ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que começou no domingo (25) e termina nesta quinta-feira (29), em Paris, França.
A certificação representa um divisor de águas para o setor agropecuário do Estado, projetando a pecuária sul-mato-grossense no cenário econômico global, criando oportunidades de exportação para os mercados mais exigentes do mundo, como Japão e Coreia do Sul.
O reconhecimento da OMSA, foi anunciado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante audiência pública no Senado federal em março deste ano. “O reconhecimento da OMSA é esperado há mais de cinquenta anos. O Brasil cumpriu todos os requisitos”, confirmou Fávaro.
Segundo o Ministro, a medida vai potencializar a pecuária brasileira. “A certificação é uma exigência para o Japão, que remunera bem. Eles pagam US$ 8 mil por tonelada de carne. A China, por exemplo, paga US$ 5 mil por tonelada. É uma oportunidade a partir de certificado que vamos receber”, completou Fávaro.
O novo status sanitário do rebanho bovino de Mato Grosso do Sul foi conquistado após o cumprimento integral das diretrizes do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), que incluiu a suspensão da vacinação e a estruturação de um sistema de vigilância permanente.
Para atingir esse patamar, o Estado investiu fortemente em tecnologia, formação técnica, educação sanitária, aquisição de equipamentos, concursos públicos e na implementação de um novo modelo de gestão da defesa agropecuária.
Dono do 5º maior rebanho do país, Mato Grosso do Sul contabiliza cerca de mais de 18,8 milhões de cabeças. Os maiores rebanho estão no Pantanal. Corumbá agrupa o maior número de bois no Estado, com mais de 2 milhões de cabeças de gado, seguido por Aquidauana, com 853 mil. Na região leste, o destaque fica por conta do município de Ribas do Rio Pardo, com 826 mil cabeças de gado.
Conquista construída com décadas de trabalho
O deputado Correa também fez questão de ressaltar o papel da senadora Tereza Cristina (PP), no processo. “Na condição de Ministra da Agricultura, ela teve uma atuação fundamental para a conquista deste selo,” destaca o parlamentar.
Na avaliação do primeiro-secretário da Alems, a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), também foi importante, porque atuou de forma coordenada junto aos órgãos de governo, lideranças rurais e instituições sanitárias, garantindo a adesão ao processo em todas as regiões do Estado.
Carne de MS entre as melhores do mundo
Com o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, Mato Grosso do Sul se insere em um seleto grupo de regiões aptas a exportar carne para países que impõem rígidas barreiras sanitárias. A conquista beneficia não apenas a bovinocultura, mas também a suinocultura, a indústria frigorífica e toda a cadeia produtiva do agronegócio.
“O mundo está de olho em produtos seguros, sustentáveis e rastreáveis. Com essa certificação, Mato Grosso do Sul prova que está pronto para atender a essa demanda”, reforça Corrêa.
A expectativa do setor é que, nos próximos anos, o Estado possa ampliar sua fatia nas exportações de proteína animal, gerar mais empregos no campo e atrair novos investimentos nacionais e internacionais. Uma vitória construída com esforço coletivo, visão de futuro e compromisso com a excelência sanitária.
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