Onça foi transferida na quinta-feira (Foto: Saul Schramm/Secom).
Animal passou por tratamento no CRAS de Campo Grande durante 21 dias, ganhou 13 Kg e agora vive em ambiente controlado no Instituto Ampara Animal.
Após 21 dias de cuidados intensivos no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) de Campo Grande, a onça-pintada que atacou e matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, no Pantanal sul-mato-grossense, foi transferida ontem (15/05) para o Instituto Ampara Animal, localizado em Amparo, interior de São Paulo.
O felino foi capturado em 24 de abril na região de Touro Morto, próximo ao encontro dos rios Miranda e Aquidauana, por uma equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA), com apoio de pesquisadores do Reprocon (Reprodução para Conservação), do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do ICMBio
Chegando ao CRAS, a onça apresentava desidratação, baixo peso (94 kg) e sinais de comprometimento hepático e renal. Durante o período de reabilitação, recebeu suporte nutricional, hidratação e medicamentos, incluindo hepatoprotetores. Ao final do tratamento, o animal alcançou 107 kg e apresentou melhora significativa em seu estado de saúde, ganhou 13 Kg .
O Instituto Ampara Animal, que já abriga outras oito onças (cinco pintadas e três pardas), oferece recintos amplos, com áreas de mata nativa cercadas, proporcionando um ambiente que simula o habitat natural dos felinos. O local não é aberto à visitação pública, priorizando o bem-estar e a qualidade de vida dos animais que, por diversos motivos, não podem retornar à natureza .
A transferência da onça-pintada para o instituto representa uma solução para casos em que a reintegração ao meio ambiente não é possível, garantindo a segurança tanto do animal quanto das comunidades humanas próximas.
Para mais informações sobre o trabalho do Instituto Ampara Animal e suas iniciativas de conservação da fauna silvestre, acesse institutoamparanimal.org.br.
Sobre o ataque ao caseiro no Pantanal dia 21 de abril
Na última segunda-feira (12/05), laudo necroscópico que investiga a causa da morte de Jorge concluiu que, no dia 21 de abril, ocorreu um choque neurogênico agudo. Isso confirma que, de fato, uma onça atacou Jorginho – como era conhecido – no coração do Pantanal, em um pesqueiro na região do Touro Morto.
O laudo, que possui 13 páginas, traz detalhes da causa da morte do caseiro, que ganhou grande repercussão. Segundo o delegado Luis Fernando Mesquita, lotado na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana, o ataque ocorreu predominantemente na região da cabeça e pescoço.
“O Laudo Necroscópico foi elaborado e concluiu que a causa da morte procedeu-se em virtude choque neurogênico agudo por consequência de ação perfuro-contundente em ataque de animal carnívoro de grande porte, onça-pintada. A ação ocorreu predominantemente no segmento superior do corpo, atingindo a cabeça e a coluna cervical”, explicou Mesquita.
Portanto, as investigações continuam “e o Inquérito Policial será encaminhado ao Ministério Público após a sua regular instrução”, detalhou.

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