Leah Millis/Reuters
São Paulo | Financial Times e Reuters
O presidente dos EUA Donald Trump confirmou a imposição de tarifas de 25% sobre todas as importações do Canadá e do México a partir desta terça-feira (4).
Trump disse que não há chance de o México ou o Canadá evitarem que as tarifas de entrem em vigor e que não há "espaço" para negociações de última hora.
"As tarifas, vocês sabem, estão todas definidas. Elas entram em vigor amanhã", disse Trump no Salão Oval na tarde desta segunda-feira (3).
A Casa Branca disse ainda que Trump assinou uma ordem dobrando uma tarifa sobre a China, que agora sobe para 20%. A taxa entrará em vigor logo após a meia-noite em Washington.
Os índices de ações dos EUA ampliaram suas perdas após os comentários de Trump.
O índice de ações S&P 500 dos EUA caiu mais de 2% e o Nasdaq Composite, dominado por empresas de tecnologia, caiu mais de 3%.
A situação das ações individuais foi ainda pior, com a fabricante de chips Nvidia despencando 9,6% e o grupo de energia ConocoPhillips caindo 7,6%.
Os comentários de Trump vieram um dia após seu secretário de comércio, Howard Lutnick, sugerir que a extensão e o momento das tarifas planejadas ainda estavam para ser finalizados, descrevendo a situação como "fluida".
No mês passado, Trump emitiu uma ordem executiva aplicando tarifas adicionais de 25% a todas as importações do Canadá e do México, com exceção do petróleo e produtos energéticos canadenses, que enfrentarão uma taxa de 10%.
O Canadá é de longe o maior fornecedor estrangeiro de petróleo para os EUA, representando cerca de 60% de suas importações de petróleo bruto.
Dias depois, ele adiou a implementação das tarifas para 4 de março, após uma diplomacia frenética de última hora entre Trump e a presidente mexicana Claudia Sheinbaum e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.
Durante coletiva desta segunda-feira, Trump disse que o Canadá e o México "teriam uma tarifa", sugerindo que as medidas incentivariam os dois países a transferirem mais de sua manufatura para os EUA.
"Então, o que eles têm que fazer é construir suas fábricas de automóveis, francamente, e outras coisas nos Estados Unidos, caso em que não terão tarifas", disse ele.
Na semana passada, Trump já havia ameaçado aumentar as tarifas adicionais sobre importações chinesas para 20% a partir desta terça-feira.
Quando questionado nesta segunda-feira sobre quais seriam as tarifas máximas que ele aplicaria contra as importações chinesas, ele respondeu: "Não posso dizer, depende do que eles fazem com sua moeda, depende do que fazem em termos de... algum tipo de retaliação econômica."
Trump acrescentou que não esperava que Pequim "retaliasse muito"

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