quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Tereza Cristina avalia perdas de produtores afetados pela estiagem

 

                                           Foto: Guilherme Martimon/Ministério da Agricultura) 

Com Agências

Em entrevista ao programa MS no Rádio da FM 104 Educativa Nesta quinta (13 de janeiro), a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, explicou sobre os encontros que serão realizados com produtores de Mato Grosso do Sul que tiveram a safra afetada pela estiagem dos últimos meses.


Aos jornalistas, a ministra detalhou o plano do Ministério. “Temos produtores com até três safras impactadas. Eles possuem, além de prejuízo, problemas para regularização o crédito. Nosso objetivo, com esses encontros, é fazer um diagnóstico correto e detalhado. As informações serão avaliadas por todo o corpo técnico da nossa equipe, atendendo as mais diversas situações”.


De acordo com Tereza Cristina, as culturas mais afetadas foram a soja, o milho de primeira safra e o feijão, principalmente na Região Sul, com diversos graus de perda. “A perda em alguns estados pode ser compensada pela boa safra em outros. E a Companhia Nacional de Abastecimento, ligada ao nosso Ministério, irá atuar para que o não falte alimentos e insumos no país”, avaliou.


Viagem a Mato Grosso do Sul – Tereza Cristina visita nesta quinta (13)  propriedades rurais afetadas pela estiagem no Mato Grosso do Sul. A ministra se reúne com lideranças dos produtores rurais da região de Naviraí.


O encontro faz parte de uma série de visitas que a ministra realiza para verificar a situação de produtores rurais que foram prejudicados pela seca que atinge os estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de Mato Grosso do Sul.


Integram a comitiva da Ministra na viagem aos estados: secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Bastos;  presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Guilherme Ribeiro; presidente da Embrapa, Celso Moretti; diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, Antônio Carlos Wagner Chiarello; subsecretário de Política Agrícola do Ministério da Economia, Rogério Boueri; chefe do Departamento de Crédito Rural e Proagro do Banco Central, Cláudio Filgueiras; e diretor de Cooperativismo e Acesso aos Mercados do Ministério da Agricultura, Márcio Madalena. 


Decreto 

No início do mês, o governo do Estado decretou situação de emergência devido à estiagem nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) relatou que a seca já força produtores de aves e suínos a buscarem água com caminhão-pipa. Situação registrada, por exemplo, em Vicentina, a 248 km de Campo Grande.


“O volume de chuva foi muito pequeno. Essa medida ajuda muito o setor produtivo, que está tendo grande prejuízo. Parece que teremos um trimestre com chuva abaixo da média. O produtor poderá acionar o seguro, Proagro [Programa de Garantia da Atividade Agropecuária], buscar com as instituições financeiras a possibilidade de ampliação do pagamento da dívida. Abre a possibilidade de alguma renegociação”,  disse em 3 de janeiro.


A medida auxilia os produtores rurais a reduzir prejuízos nas lavouras e granjas, pois serve de ferramenta para que possam acionar o seguro agrícola e renegociar parcelas de financiamento. A iniciativa do governo foi comemorada pelos produtores.


O presidente da Aprosoja-MS (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), André Dobashi, destacou que a safra de soja do Estado está em período de enchimento de grãos, e que já se percebe que nos municípios de solo arenoso, onde a semeadura foi feita de forma antecipada, já tem uma produtividade prejudicada. “Alguns até já tem produtividade zero. Vamos a campo fazer este levantamento in loco, para apresentar a real situação deste impacto da seca na produção”. 


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