RTP
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estima que mais de 45 mil pessoas, incluindo 23 mil mulheres e crianças, precisem de assistência humanitária em Moçambique, depois da passagem da tempestade Ana, desde segunda-feira (24).
A população afetada vive nas províncias mais povoadas do país, ou seja, Nampula e Zambézia, e ainda em Tete, Niassa, Sofala e Manica, todas no norte e no centro.
De acordo com dados das autoridades locais e do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), pelo menos 20 pessoas morreram, embora relatos da população nas zonas afetadas indique número de vítimas ainda maior.
Citando dados do INGD, a agência da ONU informou, em comunicado, que a tempestade "danificou quase 10,5 mil casas, bem como pontes, linhas elétricas, escolas, sistemas de água e instalações de saúde".
Balanço preliminar da Proteção Civil diz que foram atingidas 12 instalações de saúde e 346 salas de aula (137 escolas), "deixando 27,38 mil alunos sem lugar para aprender, antes do novo ano letivo, que tem início previsto para segunda-feira (31)".
O governo anunciou que vai colocar pontes metálicas provisórias, para que seja retomada a circulação em duas importantes vias rodoviárias: sobre o rio Revuboé, na província de Tete, e sobre o rio Licungo, na Zambézia.
Entretanto, apesar de a tempestade Ana já ter passado, a Proteção Civil diz que risco de inundações persiste na província de Sofala, porque as chuvas continuam a alimentar bacias hidrográficas que ficaram acima dos níveis de alerta nos últimos dias.
"O Unicef estima que precisará de US$ 3,5 milhões para responder às necessidades imediatas das populações afetadas", e acrescenta que está utilizando recursos internos.
Moçambique enfrenta época ciclônica sazonal, e a tempestade tropical Ana foi a primeira e única até agora a atingir o país.
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