Estadão
Foram quase 30 finalizações, duas bolas na trave e um dos maiores massacres apresentados na atual edição do Campeonato Brasileiro. Mesmo com seis atacantes em campo nos minutos finais e criando muito, o Santos não conseguiu balançar as redes do Atlético Goianiense. Acabou sofrendo um gol em falha da defesa e viu a sua invencibilidade de 11 jogos no estádio da Vila Belmiro, em Santos, chegar ao fim com a derrota por 1 a 0, pela 13.ª rodada.
Depois de sofrer com as retrancas de Sport e Juventude, em empates sem gols, mais uma vez o Santos não conseguiu superar um rival com postura defensiva atuando na Vila Belmiro. Perdeu pela primeira vez no Brasileirão como mandante após gol de pênalti de Zé Roberto, que defendeu o time da Baixada Santista em 2017, ainda no primeiro tempo.
Como na edição passada, a equipe goiana sai da Vila Belmiro com um triunfo por 1 a 0. Após quatro partidas, os visitantes desencantaram em um dia em que o Santos merecia melhor sorte pelo apresentado em campo.
Empolgado com a classificação às quartas de final da Copa Sul-Americana, o Santos entrou em campo para defender a sua invencibilidade de 11 partidas em casa e tentando provar que "apreendeu" a superar as fortes retrancas. A ordem era abrir o placar logo, quebrar o esquema rival e buscar o triunfo para subir na classificação.
Mesmo suspenso e ausente na beira do campo na Vila Belmiro, o técnico Eduardo Barroca armou o time goiano para neutralizar o ataque santista e tentar encaixar um contragolpe. Assim, já havia surpreendido o Corinthians em duas visitas neste ano na Neo Química Arena, em São Paulo, por exemplo.
O treinador Fernando Diniz só não imaginava que a sua equipe falharia tanto na frente e também atrás nos primeiros 45 minutos O Santos atacou muito e não balançou as redes, como gostaria. Para piorar, num lançamento às costas da defesa, mal posicionada, Baralhas saiu na cara de João Paulo e foi derrubado pelo goleiro: pênalti. Com categoria, Zé Roberto abriu o marcador.
Diniz criticou bastante Luiz Felipe, que deu condições para os goianos abrirem o placar. Foram muitas cobranças e, mais tarde, ainda sacrificaria o defensor nos vestiários para entrada de outro atacante. Em uma etapa de amplo domínio, o Santos parou na trave com Felipe Jonatan e na falta de pontaria.
Diante de um rival que não queria passar do meio de campo, Diniz voltou do intervalo ousado, com quatro atacantes e só um zagueiro. Não bastava empatar, a missão era a virada. De cara, mais três gols perdidos em menos de 10 minutos.
O Santos criava, criava e pecava no toque final. Ou mandava para fora ou nas mãos do goleiro Fernando Miguel. Merecia o empate pelo apresentado, mas tinha de colocar a cabeça no lugar. João Paulo era líbero, bem avançado, para exemplificar bem o tanto que o time ocupava o campo ofensivo.
Era um bombardeio pouco visto em um Brasileirão de tanto equilíbrio. Marinho carimbou o travessão, Carlos Sánchez empatou Estava impedido e o gol foi anulado. Com quase 30 finalizações, a Vila Belmiro registrava um dos maiores massacres. E que quase não se transformou em desvantagem ainda maior aos santistas. Em contragolpe, Ronald recebeu na área, driblou o marcador e perdeu ao mandar por cima, carimbando o travessão.
Bastante nervoso, Diniz não parava de berrar. Um dos gritos foi para chamar Gabriel Pirani, uma nova tentativa de alterar o placar. O jovem entrou para melhorar a armação e pouco apareceu. Quem salvou foi João Paulo, com Arthur Gomes cara a cara. O Santos sufocava e deixava brechas. Por duas vezes escapou de um prejuízo maior.
Na base do desespero e sem muita técnica, o Santos disputou os últimos minutos com seis atacantes após entradas de Ângelo e Marcos Leonardo no lugar dos laterais. Atrás, só Kaiky. Sufocou, buscou de todo jeito, mas lamentou outra boa apresentação na qual a bola teimou em não entrar.
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