sábado, 31 de julho de 2021

Brasil chega aos 100 milhões de vacinados com 1ª dose

 

Por G 1


O Brasil chegou nesta sexta-feira, dia 30 de jukho, aos 100 milhões de vacinados contra a Covid-19, aponta o consórcio de veículos de imprensa. Esse número é referente aos imunizados com a primeira dose (sem contar os brasileiros vacinados com a Janssen, vacina de dose única).


São exatamente 100.082.100 pessoas imunizadas, conforme dados das secretarias estaduais de Saúde. Isso equivale a 47,26% da população.


Já o número de pessoas que completou o esquema vacinal, com duas doses, ainda é baixo: 41.012.243 ou 19,37% da população.


Isso acontece porque, das quatro vacinas em uso no país, três usam duas doses, em intervalos diferentes. A CoronaVac está sendo aplicada em um intervalo de quatro semanas. Já Pfizer e AstraZeneca usam um esquema de 12 semanas (3 meses).


"O grande número de doses aplicadas ocorreu em abril, maio e junho, e usamos muito as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer. Então, a segunda dose ficou agora para agosto, setembro. Esperamos nos próximos meses a finalização de muitos esquemas de vacinação. Devemos ver esse número [da segunda dose] subir nesses dois meses", explica o infectologista da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri.


Como as vacinas têm intervalos diferentes entre as doses, a % de pessoas com o esquema vacinal completo ainda é baixa no Brasil. Para Kfouri, os números devem aumentar entre agosto e setembro, já que pessoas que tomaram a primeira dose de AstraZeneca e Pfizer em abril e maio estão retornando agora para a segunda dose.


Ele lembra que, além do intervalo entre doses, existem outras questões para a taxa da segunda ainda ser baixa.



"Temos também a taxa de abandono, mas isso existe para todas as vacinas que usam mais de uma dose. Cerca de 75%, 80% das pessoas voltam para terminar o esquema. Ainda assim, em uma pandemia, a taxa de abandono deveria ser menor" - Renato Kfouri.


Para Jamal Suleiman, infectologista do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, outras variáveis para a baixa porcentagem são o intervalo longo entre doses e as reações adversas na primeira dose.


"As pessoas esquecem de tomar a segunda dose e isso é assim para outras vacinas também. Além disso, temos os eventos adversos leves, que estão tendo outra dimensão. A pessoa recebe a vacina, tem esse evento (febre, dor) e associa com o fato de ter sido grave. Ao fazer essa associação, ela acaba com a possibilidade de receber a segunda dose para não sofrer o mesmo impacto. Mas esse evento dura pouco tempo. Basta tomar um paracetamol ou dipirona e ele desaparece", alerta Suleiman.

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