sexta-feira, 9 de julho de 2021

Mesmo sem exportar milho por dois meses, MS segue em 2º no ranking nacional

 


Por André Bento


Mato Grosso do Sul não exportou milho nos meses de maio e junho de 2021. No entanto, segue na segunda colocação do ranking nacional de exportadores do cereal, atrás apenas do vizinho Mato Grosso, historicamente recordista e responsável por 55,44% das vendas brasileiras no mercado internacional.


Essas informações constam no mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), divulgado nesta semana pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). 


Segundo a publicação, o agronegócio estadual exportou 451,1 mil toneladas de milho de janeiro a abril e faturou US$ 81,233 milhões. No comparativo com igual período de 2020, houve altas de 187,50% no volume e de 194,88% na receita. 


O principal destino do cereal cultivado em território sul-mato-grossense foi o Egito, que importou 127,853 mil toneladas e pagou US$ 20,945 milhões. A Malásia comprou 84,710 mil toneladas por US$ 16,528 milhões e o Peru 38,629 mil toneladas por US$ 8,930 milhões. 


No ranking nacional de exportadores de milho, Mato Grosso do Sul perde apenas para Mato Grosso, que já exportou 1,989 milhão de toneladas e faturou US$ 407,031 milhões. O terceiro lugar é do Paraná, que vendeu 405,138 mil toneladas no mercado internacional, com US$ 75,351 milhões em receitas. 


Na expectativa pela concretização da Nova Ferroeste, o setor produtivo sul-mato-grossense tem no Porto de Paranaguá, no Paraná, sua principal porta de saída para o mercado internacional do milho. 


Por ele foram exportadas 224,302 mil toneladas, com receitas de US$ 38,629 milhões. Isso representa 47,55% do total. O Porto São Francisco do Sul, em Santa Catarina, respondeu por 41,97%, com 180,099 mil toneladas e US$ 34.097 milhões. 


De acordo com a Agência de Notícias do governo paranaense, a Nova Ferroeste é um projeto que visa à ampliação da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A e o novo traçado com 1.285 quilômetros vai ligar os municípios de Maracaju, maior produtor de grãos de Mato Grosso do Sul, a Paranaguá. 


“Quando a ferrovia estiver concluída, será o segundo maior corredor de grãos e contêineres do País”, anuncia, detalhando que os estudos de demanda “indicam que cerca de 26 milhões de toneladas de produtos devem circular nesse trecho por ano”. “Considerando o tráfego interno, a Nova Ferroeste deve alcançar 38 milhões de toneladas/ano”, finaliza.

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