segunda-feira, 26 de julho de 2021

Mercado plant-based deve atingir U$ 370 bi em 2035

 



Nos últimos cinco anos o país registrou uma alta anual de 11,1%
Por:  -Eliza Maliszewski


A chamada dieta plant-based é aquela que evita quaisquer alimentos de origem animal, sob alegação desse tipo de item fazer mal à saúde. Tudo que está no prato vem de origem vegetal. É diferente da vegana onde o sistema vai além da dieta e abrange todas as escolhas relacionadas ao estilo de vida, com foco na ética animal. O veganismo define um modo de vida que busca excluir todas as formas de exploração e crueldade animal, seja na produção de alimentos, roupas, cosméticos, higiene pessoal, limpeza, serviços e atividades em geral.



Já o plant-based se refere, apenas a alimentação. O termo se origina da comunidade científica e foi apresentado pelo Dr. T. Colin Campbell na década de 1980, para definir uma dieta com baixo teor de gordura e alta quantidade de fibras vegetais.


Esse mercado vem sendo muito explorado no Brasil e no mundo pelas chamadas FoodTech. Segundo um relatório da Meticulous Market Research o mercado de substitutos vegetais terá um crescimento anual médio de quase 12% até 2027. O mercado global de proteínas plant-based pode chegar à cifra de U$ 370 bilhões em 2035.


Já o relatório do Credit Suisse, um banco suíço de investimentos, aponta que a indústria plant-based será 100 vezes maior em 2050. A pesquisa cita: “Estimamos que o mercado de carnes e laticínios alternativos poderia crescer de US$ 14 bilhões, atualmente, para US$ 1,4 trilhão até 2050.


No Brasil, existe uma demanda crescente por esses produtos. Uma pesquisa do The Good Food Institute (GFI) em parceria com o Ibope detectou que 39% dos flexitarianos (pessoas que diminuíram o consumo de produtos de origem animal, mas não os cortaram definitivamente) buscam substituir os produtos animais pelos vegetais pelo menos três vezes por semana.


Entre os motivos que esses consumidores levam em consideração na hora de comprar proteínas vegetais, ter uma quantidade menor de gordura é o principal, citado por 43%. Nos últimos cinco anos o país registrou um crescimento anual de 11,1%. Em 2015, o setor faturou US$ 48,8 milhões (cerca de R$ 246,7 milhões). Em 2020, foram US$ 82,8 milhões (R$ 418,7 milhões), uma alta de 69,6%. Para 2025, a projeção é atingir US$ 131,8 milhões (R$ 666,5 milhões).

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