quinta-feira, 8 de julho de 2021

Mandioquinha-salsa ganha espaço em Santa Catarina

 




Pelo clima favorável, relevo e facilidade de cultivo, tornou-se opção para rotação
Por:  -Eliza Maliszewski



A mandioquinha, madioquinha-salsa ou batata-baroa é muito usada na culinária brasileira e vem ganhando espaço nas lavouras catarinenses. A cultura se adaptou bem à região e têm trazido bons resultados econômicos.


No Estado Angelina é o maior produtor da raiz, com uma área plantada estimada em 870 hectares, abrangendo 348 produtores. Segundo a Secretaria Municipal da Agricultura do município, no ano de 2020 a comercialização dessa cultura gerou um movimento econômico no valor de mais R$ 3,2 milhões. Hoje, a mandioquinha-salsa é um dos principais cultivos agrícolas no município e se destaca como cultura de relevante exploração econômica.



A planta é originária da região andina da América do Sul e chegou ao Brasil no ano de 1907, no estado do Rio de Janeiro. Planta exigente de climas amenos, se espalhou pelo Brasil, sendo cultivada principalmente em regiões com altitude acima de 500 metros e temperatura média anual entre 15° e 18°C.      


Em Angelina, a mandioquinha-salsa foi introduzida em 1998, com a parceria entre Epagri e Embrapa, na comunidade do Rio Fortuna, com o cultivar amarelo Senador Amaral, na propriedade de Nelson Manoel Hames. Pelo clima favorável, características de relevo e facilidade de cultivo, tornou-se opção para rotação de cultura com as áreas de fumo, milho e hortaliças. Ela é explorada principalmente por agricultores familiares e sua comercialização se dá in natura no mercado regional e nacional.


Segundo o extensionista da Epagri, Carlos Alberto Koerich, em parceria com produtores do município, há trabalhos na identificação e no desenvolvimento de novos cultivares, buscando materiais genéticos com maior produtividade e resistência a pragas, doenças e a variações climáticas, assim como melhor qualidade para o mercado.


Neste sentido, a Empresa vem desenvolvendo experimentos com cultivares já registrados pela Embrapa e novos materiais genéticos formados por cruzamentos naturais no município. Os resultados foram apresentados em um dia de campo na Unidade de Referência Técnica (URT) conduzida em Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH) no ano de 2021. Os seis cultivares de mandioquinha-salsa avaliados, três são registrados pela Embrapa (Senador Amaral, Rubia, Catarina) e três são desenvolvidos no município (Roxinha Gigante, Coqueiral e Pavão). Carlos relata que a produtividade do Coqueiral alcançou 56 t/ha;  Pavão 52 t/ha e a Roxinha Gigante 49 t/ha. O cultivar Catarina alcançou 14 t/ha; Rubia 12 t/ha e a Senador Amaral 3,5 t/ha.

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