quarta-feira, 21 de julho de 2021

Indústria de MS cresce 6,7% e alcança segunda maior participação do Centro-Oeste

 


O destaque foi na expansão da produção de papel e celulose e de biocombustíveis em MS




Mato Grosso do Sul se destacou no Centro-Oeste pelo aumento de 6,7% na participação do VTI (Valor de Transformação Industrial), entre 2010 e 2019, passando da 3ª para a 2ª posição no ranking regional alcançando 25,4% da produção.


O VTI subiu de 6,84 bilhões em 2010, para 20,05 bi, em 2018, e caiu para 19,63 bilhões, em 2019. Apesar da queda no último ano, o aumento em uma década foi de cerca de 187%, conforme o PIA (Pesquisa Industrial Anual) do IBGE.


Todas as Unidades da Federação da Região Centro-Oeste possuem a Fabricação de produtos alimentícios como atividade principal. A Região Centro-Oeste apresentou o maior aumento em participação no VTI da indústria brasileira em 10 anos (1,1%). Embora o ranking estadual seja liderado por Goiás (47,3%), o destaque regional foi a indústria do Mato Grosso do Sul (25,4%), que, em 10 anos, aumentou a participação em 6,7%, com ênfase na expansão da produção de papel e celulose e de biocombustíveis, que praticamente dobraram a participação estadual em 10 anos.


As três principais atividades do Mato Grosso do Sul, complementadas pela indústria alimentícia, concentraram cerca de 78,7% do VTI estadual, revelando forte concentração produtiva e, consequentemente, dependência desses mercados. Por fim, Mato Grosso (23,4%) e o Distrito Federal (3,9%) completam o ranking da Região, ambos com forte predominância da indústria de alimentos.


MS tinha 1.626 empresas industriais ativas em 2019

O universo da pesquisa, formado por indústrias com 5 ou mais pessoas ocupadas, englobou 1.626 empresas ativas, em 2019, no estado, 26 a menos em relação a 2018. O maior número de empresas está ligado à fabricação de produtos alimentícios (458 empresas), seguido por fabricação de produtos não minerais não metálicos (159 empresas) e fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (145 empresas). No Brasil, foram registradas 183.798 unidades locais industriais de empresas em 2019.


Indústria ganhou 19,2% de postos de trabalho nos últimos dez anos

Em Mato Grosso do Sul, a atividade industrial foi responsável por empregar cerca de 91,7 mil pessoas em 2019, em relação às empresas com 5 ou mais pessoas ocupadas. Nos últimos 10 anos, o setor ganhou 14,7 mil postos de emprego, valor que representa um aumento de 19,2% em comparação a 2010 (76,9 mil).


As Indústrias de transformação representam 97,5% do total de pessoas ocupadas na Indústria. Neste setor, as atividades que apresentaram maior percentual de pessoas ocupadas, em 2019, foram: fabricação de produtos alimentícios (42,3%); fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (19,5%); e fabricação de celulose, papel e produtos de papel (6,7%).


Indústria de papel e celulose em destaque


Em Mato Grosso do Sul, entre as atividades das Indústrias de transformação, as que apresentaram maior crescimento no número de pessoas ocupadas, de 2010 a 2019, foram: fabricação de celulose, papel e produtos de papel (233%); fabricação de produtos diversos (115,8%); e fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (59%). A indústria de celulose empregava 1.863 pessoas, em 2010, e passou a empregar 6.213 em 2019. Em 2018, eram 5.791, o que expõe um aumento de 7,2% em um ano.


Gastos com salários, retiradas e outras remunerações cresceram 157%


Os valores atribuídos a salários, retiradas e outras remunerações saltaram de 1,22 bilhões, em 2010, para 3,16 bilhões, em 2019, perfazendo um crescimento de 157,32% em 10 anos. De 2018 para 2019, o aumento foi de 5,5%.


Indústrias de fabricação de alimentos continuam sendo as que mais geram receita


Em 2019, a PIA-Empresa mostrou que, em MS, as empresas ativas geravam receita de 50,7 bilhões. Dentre estas, as da indústria da transformação geravam 49,49 bilhões. Destaque fica para as indústrias de fabricação de alimentos, que geraram receita de 21,52 bilhões, seguidas pela de papel e celulose, com 8,8 bilhões.


Etanol e carnes aumentam sua receita líquida de vendas no estado


Entre as maiores participações na receita de vendas, em 2019, no Estado, estão as pastas químicas de madeira, à soda ou ao sulfato, exceto pastas para dissolução (9,28 bilhões e participação de 28,6% da receita nacional). Em seguida, vêm as carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 8,26 bilhões e 14,4% da produção nacional), aumento de 22,9% em relação a 2018 (R$ 6,72 bilhões em receita de vendas).


Outro produto em destaque é a produção de álcool etílico (etanol), cuja receita de vendas, em 2019, foi de R$ 5,7 bilhões e participação de 11,04% da receita nacional. Comparando-se com 2018, houve um crescimento de 11,1% (R$ 5,1 bilhões em 2019).

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