Embora o abate de carne de frango registrou queda de 5,5% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo ciclo de 2020, a exportação gaúcha do produto terminou o período com saldo positivo. De janeiro a junho de 2021, o setor exportou 352.143 mil toneladas de carne de frango, 5,8 % acima do volume embarcado na mesma data do ano passado, que foi de 332.785 mil toneladas. Esse aumento teve reflexos na receita, que somou US$ 559.996 milhões, 20,6% acima do total negociado na mesma data de 2020, que foi de US$ 464.323 milhões A alta foi puxada principalmente por junho, que vendeu 64.291 mil toneladas para outros países , 25% acima total comercializado no mesmo mês do ano passado, que foi de 51.436 mil toneladas. A receita gerada em junho foi de US$ 105.471 milhões, 72,1 % sobre o mesmo sexto mês de 2020, concluído com US$ 61.289 milhões de faturamento.
O presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, comenta que, na contramão da queda de abate provocada, em especial, pela elevação excessiva dos custos de produção, o cenário das exportações tem sido vital para manter as empresas exportadoras. "À medida em que as exportações acusam recuperação, podemos avaliar como uma alternativa para minimizar os danos gerados pela instabilidade econômica e os custos de produção para quem vende para o mercado internacional”, avalia. No entanto, Santos destaca que há produtores que dependem, unicamente, do mercado interno, e que esses são mais prejudicados. “ Esse grupo está sofrendo fortemente os efeitos desse contexto”, enfatiza.
No segmento de ovos, as exportações do RS fecharam em 690,7 toneladas de janeiro a junho de 2021, volume que sinaliza 14,8% de queda sobre o semestre passado, que atingiu 810,4 toneladas de ovos que foram para o mercado internacional. Mesmo assim, a receita cambial aumentou 10,3% na comparação entre o primeiro semestre de 2021/2020, passando de US$ 1.415 milhões (1º/2020) para US$ 1.560 milhões (1º/2021). Em junho, o embarque de ovos foi de 132,1 toneladas, 54,3% de incremento sobre junho passado, que ficou em 85,6 toneladas. Com um acréscimo que passou dos 50% na quantidade de ovos exportada em junho, o faturamento também foi maior, passando de US$ 109,4milhões para US$ 205,7 milhões, 88% superior à movimentação financeira de junho do ano passado. Apesar da retração verificada no primeiro semestre, o dirigente explica que o Estado vende ovos hoje para os novos importadores, como Chile e Argentina.
O presidente da entidade ainda ressalta que, em ambos, os casos, as vendas mais altas aconteceram em junho devido a retomada da economia e atividades de muitos países que acusam avanço na vacinação contra covid-19.
Exportação nacional de carne de frango e de ovos fecha com alta no primeiro semestre do ano
O setor avícola brasileiro cresceu 6,5% no acumulado de janeiro a junho na comparação 2020/2021, passando de 2.106.573 milhões de toneladas (1º/2020) para 2.244.091 milhões de toneladas (1º/2021). A receita cambial registrou alta de 10,6% no período, subindo de US$ 3.144.432 (1º semestre/2020) para US$ 3.476.841. Em junho, o volume embarcado subiu 16,2%, passando de 341.988 mil toneladas para 397.458 mil toneladas. A comercialização resultou em US$ 650.669 milhões no sexto mês, 45,7% sobre junho passado, que ficou em US$ 446.598 milhões
A exportação nacional de ovos ultrapassou 100% de incremento, tanto no semestre quanto em junho. De janeiro a junho, os embarques somaram 5.662 mil toneladas, 145,1% a mais em relação ao semestre de 2020, que exportou 2.310 mil toneladas. A receita obtida foi de US$ 8.024 mil, 152,9% acima do negociado em 2020, que ficou em US$ 3.173 mil. Em junho, a alta foi de 162,2% sobre junho passado, passando de 211,2 toneladas (jun/2020) para 553,9 toneladas (jun/2021). Esse volume se converteu em uma subida de 172,5% de receita, um aumento de US$ 373 mil (jun/2020) para US$ 1.016 milhões.
dados Asgav.
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