segunda-feira, 19 de julho de 2021

Chuvas e geadas movimentam milho no Brasil

 



Compradores paranaenses buscam lotes no Paraguai
Por:  -Leonardo Gottems



Os próximos dias incluem chuvas e geadas nas principais influências do mercado do milho no estado do Rio Grande do Sul, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “O mercado de milho gaúcho segue lateralizado, e são pouquíssimos os negócios realizados ao redor do Estado. Perto de Erechim, cerca de 500 toneladas foram fechadas para um pequeno comprador, ao preço de R$ 100,00 e com entrega imediata, no único relato que ouvimos. Nas indicações, indústrias mantem suas posições do início da semana: R$ 95,00 a saca para Marau, R$ 96,00 em Arroio do Meio, R$ 95,00 Ijuí e R$ 92,00 em Santa Rosa”, comenta. 



Em Santa Catarina a Epagri vê chuva abaixo da média para o estado, com negócios a até R$ 103,00 no meio oeste. “O ritmo de negócios desponta entre a avidez de compradores, que buscam lotes em todas as direções, inclusive na exportação do Paraguai; e a falta de lotes, seja pelas frustrações de safra, seja pelo receio do produtor em vender. Mesmo assim, ao menos 2 mil toneladas foram vistas negociadas a R$ 103,00 diferido no meio oeste, na entrega imediata”, completa. 


Nesse cenário, compradores paranaenses buscam lotes no Paraguai enquanto o mercado com ofertas restritas. “Um mercado sem ofertas. Foi assim que se apresentou o estado do Paraná no dia de hoje, e ao conversarmos com  nossos  correspondentes,  percebemos  a  escassez absoluta de vendedores, ao passo que compradores, assustados com as possíveis quebras, preferiram aguardar a próxima semana. Nos preços balcão, patamares acima dos R$ 90,00, sendo a região norte apresenta os maiores preços, em média R$ 93,00 a saca”, indica. 


Segundo o Sistema  de  Inteligência  e  Gestão  do Agronegócio  (SIGA  –  MS),  a  estiagem  e  a  má distribuição  de  chuvas  causou  um  desempenho bastante  inferior  às  lavouras  no Mato Grosso do Sul. “Os  dados fazem  parte  de  um  estudo  desenvolvido  em  conjunto pela Aprosoja e Famasul, que estimam que pelo menos 35% das lavouras do Mato Grosso do Sul se encontram em condições ruins”, conclui. 

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