Um novo biofungicida combina duas bactérias contra as principais doenças foliares de culturas como soja, milho, feijão e algodão. Desenvolvido pela empresa de bioinsumos Agrivalle e com nome comercial Twixx-A, o produto age no manejo de resistência de doenças como antracnose, mancha-branca e mancha-alvo.
O desenvolvimento levou cinco anos e é formulado com microrganismos benéficos que ocupam o lugar de patógenos foliares. São eles duas cepas de Bacillus amyloliquefaciens. Entre os modos de ação do novo multissítio, estão a competição e a antibiose, que pode ser por nutrientes ou por espaço. Ou seja, o bacillus é capaz de usar fonte de carbono e nitrogênio de forma mais inteligente do que os fitopatógenos, obtendo vantagens, e usando como benefício, a qualidade do biofilme que também ajuda na questão da competição por espaço. Dessa forma, passa a ocupar os locais onde as doenças poderiam se instalar. Já a antibiose, faz com que os bacillus atuem de forma a produzir substâncias que inibam a proliferação e multiplicação de doenças.
A composição das duas cepas, mostraram em estudos iniciais, que o novo fungicida apresenta incremento de produtividade e proteção por um biofilme microfóbico, ou seja, envolvendo as estruturas e prevenindo de forma longeva por seu efeito residual de não-lavagem.
"Também se encontra a indução de resistência e promoção de crescimento, que é quando os bacillus ajudam no crescimento vegetal, muito em função da capacidade dos microrganismos de produzem substâncias que promovam o alongamento celular e, também, apoiam os sistemas da planta no ciclo do nitrogênio, do carbono e na disponibilização de fosfato para a planta", explica Eduardo Bernardo, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento.
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