A soma de geada e estiagem não favoreceram a segunda safra de milho em Mato Grosso do Sul, neste ciclo. Isso fez com que a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho) revisasse as expectativas de produção e produtividade. Os números mostram uma baixa superior a 2,7 milhões de toneladas na produção do cereal.
O volume de produção do milho, que tinha expectativa de colheita equivalente a 8,2 milhões de toneladas, agora não deve passar das 6,2 milhões de toneladas. Já a produtividade, que era esperada próxima de 68,7 sacas por hectare, segundo o SIGA (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), deve ser de aproximadamente de 52,3 sacas por hectare.
“Foi realmente uma grande geada, que atingiu todo o Conesul e algumas regiões centrais, onde há muito tempo não se tinha relatos de ocorrência de geadas no estado. Os danos foram muito severos e irão impactar de maneira muito significativa para toda sociedade. É hora do produtor avaliar sua lavoura minuciosamente e salvar o máximo de milho possível, com foco em aproveitar, de alguma forma, o que restou da lavoura. Não podemos deixar de lado nossas obrigações e temos que honrar os contratos firmados, para não gerar um colapso nos acordos comerciais. Agora é preciso fazer uma colheita cautelosa, a fim de minimizar os prejuízos”, aponta o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.
As condições se agravaram em todo o estado devido aos efeitos climáticos de estiagem, granizo e geada. Mato Grosso do Sul possui em boas condições 1% de suas lavouras, 38% em estado regular e 61% em estado ruim.
A geada no estado de Mato Grosso do Sul ocorreu entre os dias 27 de junho e 01 de julho. Após verificação da equipe do projeto Siga, estima-se que a área afetada no estado é de 604,4 mil hectares, o equivalente a 30% da área produtora do estado.
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