Um levantamento feito pela plataforma do Portal Solar, com base em mais de 2,5 milhões de acessos de janeiro e maio deste ano, mostrou que a procura por fontes de energia solar cresceu 117% no Brasil, no período. O maior interesse é atribuído às altas da energia elétrica com bandeira vermelha 2 em vigência e a crise hídrica que leva a esta situação, com acionamento de termelétricas.
A maior busca se deu por projetos fotovoltaicos em telhados e pequenos terrenos. A plataforma conecta consumidores com cerca de 20 mil empresas de energia fotovoltaica no País, entre distribuidores, revendedores, instaladores, projetistas e outras.
Para Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar, o uso de energia solar é atualmente uma das melhores alternativas para o consumidor ter segurança de abastecimento e fugir dos constantes aumentos na tarifa de energia. “Certamente, o avanço da energia solar nos telhados e pequenos terrenos é parte da solução para a crise hídrica e para o risco de racionamento no Brasil, além de ser uma fonte limpa e barata”, explica.
Com o aumento da procura por projetos fotovoltaicos, o Portal Solar projeta um acréscimo este ano de 5,4 mil novas companhias neste segmento no país, que vai corresponder a um crescimento de 27% no volume atual de organizações no mercado. Atualmente, a plataforma cadastra uma média de 450 novas empresas por mês na área.
Estimativas do setor dão conta de que as companhias de geração solar distribuída empregam atualmente cerca de 174 mil profissionais, com investimentos acumulados que ultrapassam R$ 29 bilhões em pequenas usinas de autogeração de energia em residências, comércios e indústrias. O País possui hoje mais de 500 mil sistemas fotovoltaicos instalados em telhados e pequenos terrenos, num total de 5,9 gigawatts (GW) em operação.
Em pesquisa realizada em 2020 com mais de 1,5 mil empresas do setor, o portal constatou que 41,2% das companhias trabalham com energia solar fotovoltaica há menos de um ano, 27,1% de um a dois anos, 19,5% de dois a três anos, e apenas 12,3% atuam há mais de quatro anos no setor. Outro dado é que apenas 6% ultrapassaram a marca de 50 sistemas instados, 57,9% instalaram de 10 a 50 sistemas e 36,4% ainda não completaram três instalações.
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