Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), ligado a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (SEAPDR), conseguiram fazer o sequenciamento do genoma de cepas brasileiras da bactéria Anaplasma marginale, causadora da anaplasmose bovina.
A enfermidade faz parte de um complexo de doenças popularmente conhecido como Tristeza Parasitária Bovina, que tem sido a principal causa notificada de mortalidade de bovinos no Estado, causando prejuízos com a perda de 100 mil animais por ano. A doença é transmitida pelo carrapato e também ocasiona perdas de produção no gado leiteiro.
No estudo, os pesquisadores sequenciaram e compararam duas cepas de A. marginale, oriundas do Rio Grande do Sul e São Paulo, com bactérias de outros países como Estados Unidos e Austrália. As cepas brasileiras apresentam características únicas, fazendo com que formem um grupo genético específico diferente do que se observa em outros países.
A importância da descoberta está na possibilidade do desenvolvimento de vacinas e testes diagnósticos.
“Atualmente, não há uma vacina comercial disponível no Brasil para anaplasmose bovina. O conhecimento das características específicas da anaplasmose no Brasil e no Rio Grande do Sul é fundamental para o controle da doença", destaca o pesquisador Bruno Dall’Agnol, um dos autores do estudo.
O trabalho foi publicado na Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária e pode ser visto aqui.
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