(ANSA)
A Rússia registrou 652 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, o maior dado registrado desde o início da pandemia, informou o centro de crise contra o coronavírus nesta terça-feira (29).
Segundo a agência de notícias estatal Tass, é o segundo dia consecutivo de recorde no país sendo que, um dia antes, haviam sido contabilizados 611 óbitos. A alta no número de vítimas vem sendo sentida desde a última semana, quando 3.921 cidadãos morreram em sete dias - valor também recorde desde o início da crise sanitária.
Ainda conforme a agência, foram 2.453 casos confirmados da doença no período, incluindo o primeiro da variante Delta Plus, um pouco abaixo do recorde registrado um dia antes, quando foram computados 2.722 contágios.
Atualmente, há ainda 374.975 casos ativos da Covid-19 no país.
A Universidade Johns Hopkins informa que a Rússia registra 5.428.961 casos desde o início da pandemia (5º no mundo) e 132.314 mortes.
A alta nas contaminações é justificada pelo avanço da variante Delta, detectada pela primeira vez na Índia, e que se espalha pelo país. No entanto, o aumento nas mortes tem outra justificativa: a grande resistência dos russos em se vacinar.
A Rússia foi o primeiro país do mundo a registrar uma vacina, ainda no início do segundo semestre de 2020, a Sputnik V, e tem mais duas fórmulas nacionais sendo aplicadas - a EpiVacCorona e a CoviVac. Porém, mesmo com a "abundância" de doses, a imunização é muito lenta.
Conforme dados do portal Our World in Data, apenas 12% da população está totalmente protegida, com as duas doses de cada vacina, e outras 3,3% já tomaram ao menos uma dose.
Recentemente, o próprio presidente russo, Vladimir Putin, fez um apelo para que os cidadãos fossem se imunizar.
"Lembro a vocês mais uma vez que se vacinar é melhor que ficar doente. Em todo caso, essa é a posição dos melhores especialistas do nosso país e do mundo", disse no último dia 19.
Nesta terça-feira, porém, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reconheceu que será "impossível" vacinar até 60% da população até o início do outono, ou seja, no início de setembro. "Vemos que só essa semana o número de pessoas interessadas em se vacinar começou a crescer. Antes, a dinâmica da vacinação, infelizmente, estava em um nível muito baixo, mesmo que nós tenhamos dado todas as oportunidades criadas pelo Estado", pontuou.
Na última semana, o governo impôs a vacinação obrigatória para servidores do Estado para tentar acelerar a imunização. (ANSA).
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