Por Portal G1
Os Estados Unidos incluíram o Brasil na lista com mais de 40 nações que irão receber parte do 1º lote de doações das vacinas contra a Covid-19, com 25 milhões de doses, anunciaram as autoridades americanas nesta quinta-feira (3).
Não há, no entanto, um número exato de quantas doses o Brasil irá receber. Isso porque o país precisará dividir cerca de 6 milhões de doses com ao menos outros 14 países da América Latina.
Ao todo, os EUA se comprometeram a redistribuir cerca de 80 milhões de doses das vacinas AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson para outros países até o final de junho. Do total, 25 milhões de doses serão enviadas neste primeiro lote.
As remessas destinadas ao Brasil serão entregues por meio da aliança Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que vai gerenciar 19 milhões de doses, distribuídas da seguinte forma:
6 milhões para América do Sul e Central: Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá, Haiti, Comunidade do Caribe e República Dominicana.
7 milhões para a Ásia: Índia, Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka, Afeganistão, Ilhas Maldivas, Malásia, Filipinas, Vietnã, Indonésia, Tailândia, Laos, Papua Nova Guinea, Taiwan, e as Ilhas do Pacífico.
5 milhões para a África, distribuídas entre os países selecionados em coordenação com a União Africana.
As outras 6 milhões de doses disponíveis neste primeiro lote enviado pelos EUA serão distribuídas entre parceiros regionais dos americanos como o México, Canadá, e a Coreia do Sul, além de países com surtos da doença como a Cisjordânia, Gaza, Ucrânia, Kosovo, novamente o Haiti, Geórgia, Egito, Jordânia, Iraque, Iêmen – parte também será enviada aos trabalhadores da linha de frente das Nações Unidas.
80 milhões de doses
No mês passado, o governo americano anunciou a disponibilização de 80 milhões de doses de vacinas que serão entregues até o fim de junho – as 25 milhões detalhadas nesta quinta fazem parte deste total. O destino das outras 55 milhões de doses ainda não foi anunciado.
O presidente americano vem sendo pressionado por diversos países – e também pela OMS – para que os EUA, que estão avançados em seu programa de vacinação, possam compartilhar parte dos imunizantes adquiridos e estocados no país.
60 milhões de doses da AstraZeneca, por exemplo, estão armazenadas e não podem ser aplicadas no país porque o imunizante não recebeu a aprovação da agência regulatória americana. A vacina é segura e eficaz e já foi aprovada pela OMS e pelas agências regulatórias europeias.
Ao menos 168 milhões de americanos já receberam ao menos a primeira dose da vacina.
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