terça-feira, 15 de junho de 2021

Agro responde por 57% de financiamentos do Banco CNH

 






A nível global as máquinas agrícolas representaram 44% de participação
Por:  -Eliza Maliszewski


O agronegócio é o setor com melhor desempenho em 2020 quando a pandemia afetou fortemente diversos setores. O Produto Interno Bruto (PIB) foi de R$ 7,4 trilhões, queda de 4,1%, enquanto o do agronegócio  avançou 24,31% e alcançou participação de 26,6% no PIB brasileiro.



Esse desempenho influiu diretamente no desempenho de instituições financeiras. No Banco CNH Capital, membro do Grupo CNH Industrial (de marcas como New Holand e Case), no ano passado, 57% das originações foram setor agrícola. A nível global as máquinas agrícolas representaram 44% de participação nos financiamentos e no Brasil, ficou em 27,8%. Os dados foram divulgados em uma coletiva de imprensa, nesta terça-feira (15).


O Banco CNH atua no Brasil há 22 anos, com sede em Curitiba (PR), nos segmentos de seguros, agrícola, construção e veículos comerciais. Está, hoje, entre as maiores empresas de capital do mundo, fazendo a gestão de US$ 26 bilhões, sendo 10% desse volume concentrado na América do Sul. Em 2020 o crescimento de financiamentos chegou a R$ 3 bilhões e R$ 11 bilhões em portfólio de carteira.


Somente no segmento agro atua com linhas de repasse do BNDES e linhas especiais, como Crédito Direto ao Consumidor (CDC), modalidade de empréstimo de fácil acesso para máquinas e equipamentos importados, manutenção para máquinas usadas e equipamentos de precisão. 


Para este ano a expectativa é positiva.“O financiamento é muito importante para o agricultor. Mesmo com os recursos do Moderfota tendo acabado no meio da safra hoje temos outros meios de investimento. Acreditamos que com o bom desempenho do setor o produtor está capitalizado e não vai deixar de investir em 2021”, destaca o presidente do Banco CNH Industrial, Heberson Goes.


Segundo Goes no ano passado o cancelamento de feiras agropecuárias não afetou os negócios do banco. Foram desenvolvidas ferramentas digitais para acompanhar o concessionário, cliente e prospectar novos. Exemplos disso foram os aplicativos que simulam aprovação e capturam documentos, atendimento via whatts app e assinatura digital. 


“Tivemos que nos adaptar na forma de fazer negócio, tentando suprir a ausência em feiras com o virtual. Claro que elas são importantes para ouvir a necessidade do agricultor mas esperamos em breve ter algo híbrido e um novo modelo de negócios”, reforçou o Diretor de Marketing e Seguros, Márcio Contreras.


Em 2020 a receita bruta do banco foi de R$ 971 milhões e a líquida de R$ 160 milhões. Resultado positivo também na inadimplência acima de 30 e de 90 dias, que fechou inferior a 1%. O portfólio total alcançou R$ 11,2 bilhões, um crescimento de 11% em relação ao fechamento do ano anterior. “No ano passado houve maior incremento de pessoa física e jurídica e para 2021 a tendência é mercado de capitais, cenário mais parecido com 2019”, apontou Fabíola Temponi e Góes, diretora Financeira.


Em relação ao Plano Safra 2021/22, que tem expectativa de ser lançado em breve, é esperado algo semelhante a safra passada quando o foco do governo estava em proporcionar taxas controladas para pequenos e médios produtores. “No novo Plano Safra não devemos trabalhar com folga de recursos, principalmente para agricultores de grande porte mas estamos buscando novos produtos”, finaliza o presidente.

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