segunda-feira, 13 de julho de 2020

Modelo matemático estima que Campo Grande pode suportar demanda da Covid-19

Infraestrutura hospitalar pode aguentar demanda de internações pela doença

Uma nova simulação sobre o impacto da Covid-19 no sistema hospitalar de Campo Grande prevê que a cidade deve ser capaz de atender a possível demanda nas próximas semanas. Isso tudo por causa dos esforços públicos de aumento na disponibilidade de leitos.

“Estimamos que até o dia 25 de julho de 2020, Campo Grande necessitará, em média, de 936 leitos de internação para a Covid-19, sendo 717 leitos clínicos e 219 leitos de UTI”, constatam os pesquisadores. A quantidade de leitos à disposição pelo SUS, no entanto, é um pouco menor, como apontou o Diário Oficial do Estado, na última sexta-feira, 10.

Contudo, a pesquisa leva em consideração leitos contratados na iniciativa privada assim como os disponibilizados pelo SUS. O que faz a previsão ser positiva foram as medidas tomadas nos meses de maio e junho, que aumentaram significativamente a infraestrutura disponível.

Em um segundo cenário, com simulação até o dia 15 de agosto, 1.073 pacientes necessitariam de internação. Segundo a nota, a contagem não é cumulativa, pois à medida que pacientes ocupam leitos há também os que saem no decorrer dos dias.

Apesar de parecer animador, a equipe ressalta que há possibilidades de erros na previsão por causa do grande número de variáveis empregadas. Modelos futuros tendem a se descolar da realidade, dependendo de atitudes tomadas por autoridades.

Outros fatores como qualidade dos dados fornecidos, comportamento da doença em região específica, quantidade de leitos disponíveis, hábitos da população local, medidas de controle da propagação do vírus, idade média da população analisada, além de ouras variáveis contribuem para complexidade do estudo.

Os pesquisadores ainda alertam para um outro fator sazonal, as internações de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG).“O paciente recebe essa classificação ao dar entrada no hospital e, até que seja confirmada a infecção pela Covid-19, ele ocupará um leito e será classificado como caso suspeito”, explicam.

A equipe da UFMS formada pelos professores Carolina Lino e João Batista Sarmento dos Santos Neto, pela mestranda Naylil Lacerda e os estudantes Gabriel Ensinas e Renan Della Senta afirma ser informação importante para a tomada de decisão na gestão da infraestrutura hospitalar.

Com informação do Portal Correio do Estado

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