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Essa é a primeira semana que o patamar está abaixo da média
Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
A colheita lenta do milho safrinha em algumas partes do país, como Paraná e Mato Grosso do Sul e a retenção de vendas acabaram limitando a oferta atual do cereal no Brasil, segundo informações divulgadas pela ARC Mercosul. Outro destaque da consultoria foram as fortes vendas antecipadas para 2021.
“Colheita da safrinha brasileira em 55%, ritmo abaixo dos 70% de 2019 e 60% de 2018. Paraná registra o maior atraso. Compromissos de exportação alcançaram 8,24 milhões de toneladas, resultado 46% inferior ao mesmo período de 2019”, comenta.
Em relação à Chicago, a consultoria classificou a situação como apatia especulativa. “A intensificação dos conflitos políticos entre EUA e China continuam amedrontando todo o mercado, uma vez que a queda de demanda pelo grão norte-americano adiciona um peso pessimista sobre as cotações da CBOT”, completa.
No Brasil, a ARC observa que o motivo para a lentidão recente tem sido os trabalhos de campo atrasados no Mato Grosso do Sul e Paraná, onde todo o ciclo do milho foi postergado por um plantio tardio e a colheita postergou com a chegada de chuvas inesperadas no início de julho. Por outro lado, a oferta nacional de milho continua robusta, com expectativas de produtividades ainda regulares tomando como base os talhões já colhidos.
“O curioso é que está foi a primeira semana da colheita safrinha 2020 que o ritmo desacelerou para patamares marginalmente abaixo da média”, afirma.
No mundo, “chuvas agressivas continuam pairando sobre quase toda a região agricultável da China. No Sul do país, enchentes e perdas expressivas já são observadas, principalmente em regiões de pastagens. A zona urbana tem sido a mais impactada, o que causa maiores problemas no lado da demanda do que no lado da oferta por alimentos”, conclui.
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