sexta-feira, 8 de maio de 2020

Quase 40% das empresas tiveram de mudar com a pandemia


Levantamento aponta que 27% dos pequenos negócios utilizam apenas entregas e serviços on-line

Com as medidas de isolamento social adotadas, muitos negócios precisaram mudar e se reinventar para enfrentar a crise causada pelo novo coronavírus (Covid-19). Pesquisa divulgada pelo Sebrae em abril, aponta que 38,4% das empresas sul-mato-grossenses tiveram que mudar o perfil de atendimento.

O levantamento aponta que 54,5% tiveram de mudar o horário de funcionamento dos negócios. Os que utilizam apenas entregas ou serviços on-line atingiram 27,2%. Que adotaram teletrabalho ou home office são 24,2%. O rodízio de funcionários foi adotado por 12,2% e drive thru, 3%.

Para o analista do Sebrae-MS, Rodrigo Sleiman, é importante que o empresário esteja atento e se antecipe às mudanças de cenário. “Em tempos onde o empresário está restrito, é preciso inovar. O que caracteriza as empresas que prosperam, é a busca de oportunidades. Se você esperar saber o que vai acontecer, só terá êxito em saber, então é importante se antecipar”, disse.

A alternativa para a maioria dos comércios sobreviverem é a atuação no mundo digital. Sleiman reforça que a tendência da digitalização já vinha acontecendo antes da pandemia. “A sociedade está cada vez mais fazendo compras de forma digital. Uma boa parcela da população, pessoas que não gostavam muito de mexer no celular, eles precisaram aprender a mexer. Estamos vendo a aceleração do consumo digital. Agora com a pandemia, esse comportamento será intensificado, então todos os empresários precisam pensar nisso”, finaliza.

EMPRESÁRIOS CONECTADOS

Em Campo Grande alguns empresários estão atentos a essa tendência e já se adaptaram ao novo formato de vendas. Proprietário da Beco Acessórios, Djalma Santos, conta as redes sociais Instagram e Whatsapp tem sido grandes aliados nesse período.

“Abrimos esta opção aos clientes e iremos aperfeiçoá-la disponibilizando aplicativo para facilitar a entrega. Por enquanto, estamos enviando via Correios quando é fora de Campo Grande e, aqui estamos combinando cada venda com o cliente”, explicou Santos que atua no ramo de jóias e acessórios.

A microempresária Stefanny Ribeiro também tem usado de redes sociais e venda pela internet para atender as clientes de sua loja de roupas, a Maria Lima Store. “Os clientes tem vindo todos das redes sociais. A gente posta as roupas, ou manda pelo whatsapp. O que está dando bastante certo e está nos ajudando é a entrega em domicílio”, considerou.

SHOPPING ON-LINE

De olho neste novo público, empresários de Campo Grande resolveram implantar uma plataforma onde diversas empresas conseguem expor seus produtos. O PopShop, é um site criado após o período de fechamento dos comércios de Campo Grande.

De acordo com o sócio da empresa, Richardo Zulim, a idéia veio pela dificuldade de muitos lojistas em venderem no período de isolamento social por conta da pandemia do  novo coronavírus (Covid-19). “Notamos a dificuldade dos lojistas e pensamos em dar nossa cota de contribuição. Qualquer empresa que venda produtos pode se beneficiar, prometemos entrega em até 24h, por isso estamos preterindo as empresas de alimentos prontos. Os demais lojistas de quaisquer ramos de atividades (roupas, sapatos, peças de carros, peças de motos, eletrônicos, artigos para casa, etc) podem inserir suas lojas físicas na plataforma”, explicou Zulim.

Segundo o empresário toda a logística é organizada pela plataforma. “O sistema que coordena a entrega, avisa o lojista que o driver esta a caminho para pegar o produto e assim que faz a coleta do produto emite uma mensagem ao comprador que seu pedido está a caminho. Teremos um aplicativo que será lançado em até 60 dias”, considerou o empresário.
Com informação do Portal Correio do Estado

Nenhum comentário: