quarta-feira, 20 de maio de 2020

Na 1ª votação, mudança na Previdência é aprovada pela Assembleia de MS



Emenda coletiva adiou vigência do projeto para 2021
Adriel Mattos

A Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul (Alems) aprovou em primeira discussão projeto de lei complementar do Poder Executivo que faz mudança no regime estadual de previdência. Após a inclusão de cinco emendas, a proposta passou com 16 votos favoráveis e duas abstenções.

Uma dessas emendas adia a vigência da mudança para 1º de janeiro de 2021. Com essa alteração, o projeto voltou à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), sendo aprovado por unanimidade. Em seguida, retornou ao plenário, também sendo aprovado.

Votaram a favor da proposta alterada Antônio Vaz (Republicanos); José Carlos Barbosa, o Barbosinha (DEM); José Almi Moura, o Cabo Almi (PT); Carlos Alberto David dos Santos, o Coronel David (sem partido); Eduardo Rocha (MDB); Evander Vendramini (PP); Gerson Claro (PP); Herculano Borges (Solidariedade); Jamilson Name (sem partido); Lídio Lopes (Patriota); Londres Machado (PSD); Luiz Carlos de Lima; o Lucas de Lima (Solidariedade); Marçal Filho (MDB); Marcio Fernandes (MDB); Onevan de Matos (PSDB); Rinaldo Modesto, o Professor Rinaldo (PSDB) e José Roberto Teixeira, o Zé Teixeira (DEM).

Renan Contar, o Capitão Contar (PSL) e Pedro Kemp (PT) se abstiveram. Felipe Orro (PSDB); João Henrique Catan (PL); Marçal Filho (MDB); Roberto Razuk Neto, o Neno Razuk (PTB) e Renato Câmara (MDB) não estavam presentes no momento dessa votação.

DISCUSSÃO

Antes da emenda coletiva ser acrescida ao texto do projeto aprovado, houve um intenso debate na votação do texto original. Líder do governo na Casa e relator da proposta na CCJR, Gerson Claro, rebateu apontamentos de colegas que disseram haver retirada de direitos.

“A Emenda Constitucional 103 proíbe que prefeitos e governadores paguem benefícios com recursos da Previdência, é com dinheiro do Tesouro que se paga. Estamos protegendo o futuro dos aposentados”, argumentou.

Felipe Orro disse que o momento atual não é propício para essa matéria. “Vivemos uma pandemia [de Covid-19] e esse momento não oferece condições de discutir essa matéria no momento que as pessoas estão fragilizadas, opinou, em referência à doença causada pelo novo coronavírus.

Lucas de Lima destacou justificativa do governo que defende a mudança com base em legislação federal. “Entendo que é necessário e temos que ter responsabilidade”, frisou.

Pedro Kemp criticou o governo, que enviou a proposta na semana passada. “Considero o encaminhamento desse projeto um ato oportunista. Acontece no momento que estamos com sessões remotas, sem que as pessoas possam acompanhar em plenário. O governo podia esperar o fim da pandemia. Não há porque votar no afogadilho”, afirmou.
Com informação do Portal Correio do Estado

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