quarta-feira, 20 de maio de 2020

MS tem a menor proporção de domicílios em favelas do País


São 6,7 mil moradias em 54 favelas do Estado; Maior é a da Homex, em Campo Grande

Mato Grosso do Sul tem 54 aglomerados subnormais, as chamadas favelas, com 6.766 domicílios localizados nestes locais, distribuídos em sete municípios. Segundo pesquisa “Aglomerados Subnormais: Classificação preliminar e informações de saúde para o enfrentamento à Covid-19”, divulgada hoje (19) pelo Departamento Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), MS tem a menor proporção de favelas entre os estados do País.

Conforme o levantamento, com 908 mil domicílios no Estado e 6.766 localizados em favelas, a proporção é de 0,74% residências em aglomerados subnormais. A maior proporção está no Amazonas (39,5%).

Campo Grande é a cidade com maior número de favelas, sendo 38, seguida por Corumbá (6), Dourados (5), Aquidauana (2), Novo Horizonte do Sul (01), Ponta Porã (01) e Sidrolândia(01).

Nas 38 favelas da Capital, estão distribuídos 4.516 moradias. A favela da Homex tem o maior número de domicílios no Estado, com 901. Favela do Samambaia vem na sequência, com 434 domicílios, seguida pela Favela do Mandela, com 300 habitações.

No comparativo entre as cidades do Brasil com mais de 750 mil habitantes, Campo Grande também tem a menor proporção de favelas, de 1,75% de domicílios nestes locais.

Gerente geral de Geografia do IBGE, Cayo Franco, observa que esse levantamento não apresenta toda a dimensão da vulnerabilidade no País.

“Há bairros pobres que não foram classificados como aglomerados subnormais, seja porque os moradores possuem a posse da terra ou alguns serviços de saúde e saneamento. O que apresentamos aqui é uma dimensão da vulnerabilidade, no caso, os mais vulneráveis dos vulneráveis”, explicou.

São consideradas favelas as formas de ocupação irregular de terrenos públicos ou privados, caracterizados por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e localização em áreas que apresentam restrições à ocupação. As populações dessas comunidades vivem sob condições socioeconômicas, de saneamento e de moradias precárias.

Divulgação dos dados foi antecipada com objetivo de mostrar a situação das favelas nos municípios e estados, devido a estas localidades serem mais suscetíveis ao contágio pelo novo coronavírus, por causa da grande densidade habitacional.

Ainda segundo a pesquisa, 40% dos aglomerados subnormais estão localizados a menos de dois quilômetros de distância de hospitais em Mato Grosso do Sul, além de 64,8% estarem a menos de um quilômetro de Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Com informação do Portal Correio do Estado

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