segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Williams anuncia retorno de Massa e Bottas vai para a Mercedes


FolhaPress                        Foto;Divulgação/F1



Durou pouco a aposentadoria de Felipe Massa. Menos de dois meses após deixar a F-1, o brasileiro foi anunciado pela Williams como piloto para a temporada 2017. A escuderia também anunciou a saída de Valtteri Bottas para a Mercedes, onde substituirá Nico Rosberg.

O brasileiro disse que, apesar da despedida do final do ano passado, ainda tinha a vontade de pilotar na F-1 e, por isso, voltou quando surgiu a oportunidade na Williams. "Minha intenção sempre foi correr em algum lugar e ainda tenho a paixão por correr e competir. Tenho também um forte amor pela Williams e eu curti muito os últimos três anos com com a equipe. Por isso, voltar para ajudar a dar estabilidade e experiência para a temporada de 2017 foi o que achei certo fazer".

"Tenho paixão por correr, por competir e lutar na pista. Minha volta não é simplesmente por ver a F-1 como melhor opção, mas sim por ver a Williams como a melhor opção. Não teria voltado para outra equipe", disse o piloto.

Com o anúncio, Massa tem a volta à F-1 confirmada menos de dois meses após fazer sua despedida oficial, no GP de Abu Dhabi do ano passado. Toda a movimentação do mercado de pilotos com menos de oito semanas para o início dos testes de pré-temporada -que serão realizados a partir de 27 de fevereiro, no Circuito de Montmeló, na Espanha- aconteceu após a surpreendente aposentadoria de Rosberg, anunciada apenas cinco dias após a conquista de seu primeiro título mundial.

"Creio que o que aconteceu no fim da temporada, com a inesperada retirada do Nico, provocou uma reviravolta única de eventos. Foi oferecida uma oportunidade fantástica ao Bottas e, como resultado, uma oportunidade surgiu para mim. Quando a mídia começou a noticiar um provável retorno meu, eu li que muitos fãs queriam que eu voltasse. Isso certamente pesou muito na minha decisão. Mas no final do dia, quando recebi o convite eu não pude recusar. Era a Williams", contou Massa.

"Ir para a atual campeã mundial é uma grande oportunidade para Valtteri. Ele é um piloto talentoso e foi ótimo trabalhar com ele ao longo de três anos. Desejo a ele o melhor para o próximo capítulo de sua carreira", completou o brasileiro.

A decisão colocou a Mercedes, que ganhou com sobras os últimos três campeonatos, em uma situação complicada, uma vez que todos os grandes nomes já estavam sob contrato para 2017. A solução, portanto, foi oferecer um desconto no fornecimento dos motores a uma de suas clientes, a Williams, em troca de Bottas, piloto com quatro temporadas de experiência e boas performances na carreira.

O time inglês, contudo, deixou claro que só liberaria o finlandês caso tivesse um piloto experiente para colocar em seu lugar e, por conta disso, procurou Massa. O brasileiro havia decidido deixar a F-1 por uma série de fatores, mas nunca escondeu que a falta de cockpits competitivos foi importante. Afinal, há meses a Williams já sinalizava com um acordo para promover a estreia do canadense Lance Stroll, o que foi confirmado após o anúncio de aposentadoria de Felipe. Massa, então, aceitou o convite.

A decisão da Williams de chamar de volta o piloto de 35 anos gerou algumas críticas da mídia especializada, mas a chefe Claire Williams afirmou que o time não tem dúvidas de que ele está preparado e motivado o suficiente.

"Não acho que ele queria necessariamente sair do esporte e ele disse que queria continuar correndo", afirmou a dirigente à TV britânica Sky Sports. "Esses caras correm desde os seis anos de idade, está no DNA deles, é o que eles sabem fazer. Se o Felipe voltar não acredito que haverá nenhuma falta de espírito competitivo nele. E também não traríamos um piloto sobre o qual teríamos qualquer tipo de dúvida a respeito de sua habilidade de fazer o serviço para nós."

Massa também rebateu críticas sobre seu retorno. "Desde que anunciei a minha aposentadoria no ano passado, eu comecei a estudar as opções e várias oportunidades se apresentarem para mim, e eu poderia ter aceitado. Entretanto, eu tomei esta decisão e este agora é meu foco", comentou.


"Será um ano empolgante com todas as mudanças de regulamento e passarei muito tempo com a equipe agora me preparando para a temporada. Ainda é muito cedo para fazer qualquer prognóstico, pois ainda não giramos o volante. Mas o que eu posso dizer é que estou empolgado para poder dirigir o FW40 quando os testes começarem no próximo mês", concluiu o brasileiro.

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