segunda-feira, 25 de março de 2024

"Não é só futebol": Pacaembu quer abraçar outros esportes

 

                                            André da Solva Costa



Histórico palco de grandes jogos, o Estádio do Pacaembu, agora rebatizado de Mercado Livre Arena Pacaembu, está perto de voltar a receber partidas. No entanto, engana-se quem pensa que o local só irá abranger futebol com o novo projeto idealizado pela Allegra, concessionária do palco.


Os responsáveis pela administração do estádio trabalham com a ideia de que o Pacaembu "não é só futebol". O palco também quer abraçar outros esportes e fazer valer o enorme complexo para além das quatro linhas.


A reforma do Pacaembu atendeu não apenas o gramado as tradicionais arquibancadas , mas também outras áreas do complexo, como a piscina, as duas quadras de tênis (uma coberta, de saibro, e outra descoberta), além de um ginásio poliesportivo. Lá, será possível praticar vôlei, futsal, por exemplo.


A Allegra já conversa com outras Confederações esportivas para realizar eventos no Pacaembu. As Federações que já demonstraram interesse de utilizar o local e firmaram parcerias são: de Atletismo, Desportos Aquáticos e Handebol.


Apesar de ser um estádio de futebol e de receber inúmeros eventos, o Pacaembu continuará sendo um espaço público e disponível para a população de São Paulo. O uso do clube poliesportivo seguirá com as mesmas regras que existiam sob a gestão municipal: acesso público e gratuito.


Além do esporte, o novo projeto quer fazer do Pacaembu um local de lazer para as pessoas. A reportagem da Gazeta Esportiva visitou o estádio e conversou com Bruno Souza, diretor da concessionária, que não descarta eventos mais simples, como um piquenique para a população local.


"Não falo apenas de shows, mas o Pacaembu é um lugar onde podemos fazer um piquenique com a população. Além de atividades das demais modalidades, como o rugby, o tiro com arco, e outras que podem ser representadas aqui no Pacaembu", disse Bruno.


No lugar do tobogã, edifício prometer chamar público maior


O tobogã, demolido, dará lugar a um edifício multiuso que promete revolucionar o Pacaembu. O local englobará um centro de medicina esportiva, um hotel e, no subsolo, um amplo estacionamento e um centro de convenções para até 8.500 pessoas.


Apesar de tirar o tracional tobogã, o projeto vista preservar o patrimônio. Até mesmo algumas árvores plantadas nos entornos das arquibancadas laterais do estádio serão mantidas.


Algumas das estruturas do complexo, seja as arquibancadas ou as demais áreas, estão sendo reconstruídas. Já outras estão sendo restauradas, mas não modificadas, como a histórica fachada no setor Norte. As cadeiras, aliás, vão seguir o padrão de cores das origens do Pacaembu, em 1940.


"A gente vai voltar com a padronização de cor da origem, de 1940. Foram dois anos de estudo. É uma obra diferente porque não é uma construção, é um restauro, então temos que ter sempre o cuidado com o patrimônio. Muito se fala do tobogã, que antes não existia, aqui nós tínhamos a concha acústica", afirmou Bruno Souza.


O palco, que passa por reformas desde 2021, está nos retoques finais e promete ser reaberto ainda em junho. O local já tem um novo gramado sintético, que custou R$ 6,5 milhões, e já começou a receber as cadeiras nas arquibancadas laterais.


Ao todo, foram investidos R$ 600 milhões no projeto, que prevê mais de cinco milhões de visitantes por ano. Cedido à uma concessão privada por 35 anos, o estádio do Pacaembu terá capacidade para quase 26 mil pessoas nos dias de jogos e quer transformar um lugar carregado de história em um espaço de eventos, entretenimento e lazer para toda população de São Paulo.


Gazeta Press

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