segunda-feira, 25 de março de 2024

Chiquinho Brazão é expulso do União Brasil após ser preso por morte de Marielle

 

                                            Chiquinho Brazão (Foto: Reprodução/Agência Brasil)


O União Brasil aprovou por unanimidade o pedido cautelar de expulsão com cancelamento de filiação partidária do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) - preso pela morte de Marielle Franco e Anderson Gomes - na noite deste domingo, 24. A informação foi confirmada pelo partido ao Terra.


Em nota, o União Brasil informou que a representação foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite (UNIÃO-SP) e relatada pelo senador Efraim Filho (UNIÃO-PB).


"Embora filiado, o parlamentar já não mantinha nenhum relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar. A decisão da Executiva Nacional aponta que Brazão incide em ao menos três condutas ilícitas previstas no artigo 95 do Estatuto: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito, ao Regime Democrático e aos interesses partidários; falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias e violência política contra a mulher", informou o partido.


O presidente nacional do União Brasil, Antonio de Rueda, já havia pedido abertura de processo disciplinar contra Chiquinho Brazão. O partido afirmou que repudia quaisquer crimes, em especial os que atentam contra o Estado Democrático de Direito e os que envolvem a violência contra a mulher. A direção do partido manifestou solidariedade às famílias de Marielle e Anderson.


Segundo as investigações, cujo inquérito foi divulgado neste domingo, 24, os mandantes do crime foram os irmãos Brazão: o deputado federal Chiquinho Brazão, e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão. O que motivou o crime foi a atuação política de Marielle, que atrapalhava o interesse dos irmãos. 


Os irmãos Brazão foram presos preventivamente na manhã de domingo -- junto a Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, acusado de ter desviado o foco das investigações dos verdadeiros mandantes do assassinato. Ele assumiu o posto de chefia um dia antes do crime, que aconteceu há seis anos, no dia 14 de março de 2018.

Nenhum comentário: