sexta-feira, 28 de julho de 2023

Procon/MS começa a reforçar a segurança

 

                                             Divulgação: Governo do Estado


Nesta semana, policiais militares começaram a reforçar a segurança da sede da Secretaria-Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor, Procon/MS. A medida faz parte de uma série de ações a serem realizadas no órgão pela Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead) e pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).


O reforço estará presente na unidade durante todo o período de funcionamento, das 7h às 19h. A medida é a segunda tomada pelo Procon/MS desde o assassinato do comerciante Antônio Caetano de Carvalho, 67, morto a tiros durante audiência de conciliação realizada em uma das salas do prédio no mês de fevereiro. 


Após o ocorrido, a segurança do Procon/MS começou a ser discutida. Para dar início ao reforço, em abril rondas semanais começaram a ser realizadas no órgão. 


"Estamos promovendo em conjunto as melhorias necessárias nos processos de segurança ora adotados no Procon/MS. Com o suporte da Polícia Militar, via Sejusp, reforçamos os trabalhos preventivo e de inteligência, que já estavam em curso", pontuou a titular da Sead, Patrícia Cozzolino.



No início do mês, a equipe do Correio do Estado esteve no local para avaliar se medidas de segurança já haviam sido tomadas. Na ocasião, foi constatado que faltava segurança até para entrar no prédio. Não havia nenhum mecanismo de detecção de metais ou policial na entrada principal.


Após ser questionado, o Procon/MS esclareceu que a segurança das instalações estava sendo objeto de ações de planejamento de reforço, sob responsabilidade da Sead com a Sejusp. Em março, foi assinado um protocolo de intenções, e em maio o Procon/MS entregou um relatório de segurança elencando todos os ajustes necessários.


A presença dos profissionais integra o protocolo de intenções, e atende ao relatório de segurança entregue pelo Procon/MS.


"Temos ainda previsto para os próximos dias a finalização do processo de cessão e instalação de aparelho pórtico detector de metais, em cooperação com a Penitenciária Federal de Campo Grande", acrescentou Nilza Yamasaki, secretária-executiva do Procon/MS.


O órgão reforça ainda que as medidas de segurança acontecem em paralelo com a fase preparatória de processo administrativo para mudança da sede do Procon/MS, onde se buscará qualificar a estrutura de atendimento com a garantia de segurança ao público e aos servidores da instituição.


O Crime

No dia 13 de fevereiro deste ano, o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, foi morto a tiros pelo policial militar reformado, José Roberto de Souza, durante audiência de conciliação realizada no Procon.


A vítima era proprietária da empresa Aliança Só Hilux, especializada em peças de Hilux e SW4, que havia realizado a troca do motor de uma SW4 para José Roberto.


Durante a primeira audiência de conciliação, realizada na sexta-feira anterior, dia 10 de fevereiro, José Roberto pediu que Caetano entregasse as notas fiscais referentes aos serviços prestados pela empresa para a troca do motor de seu veículo blindado, trabalho avaliado em quase R$ 30 mil.


Aproveitando as tratativas, Caetano cobrou do cliente R$ 630 reais devidos, referentes a uma troca de óleo realizada no ano anterior. Na segunda audiência, então, Caetano levaria as notas fiscais e José Roberto o dinheiro que devia.


No entanto, após uma desavença logo no início da audiência de conciliação, José Roberto efetuou três disparos contra Caetano, dois na cabeça e um na nuca. A vítima morreu no local.


Três dias após o crime, José Roberto de Souza se apresentou à polícia.


A primeira audiência que investiga o caso foi realizada na tarde da última segunda-feira (3), para ouvir testemunhas de acusação e defesa. Oito pessoas prestaram depoimento, sendo duas delas funcionárias do Procon, uma advogada que presenciou o crime, um funcionário da vítima, o investigador da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, responsável pelo caso, o filho da vítima e dois conhecidos de longa data do acusado.


Valéria Christina, a conciliadora que trabalhava com o caso, não compareceu para prestar depoimento. Segundo informado durante a audiência, a servidora foi transferida para outro órgão após o ocorrido, e segue afastada desde então por questões de saúde.


ALANIS NETTO

Com informação do Portal Correio do Estado

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