Foto: Arquivo Correio do Estado
Além da prorrogação do prazo para a conclusão da obra do Centro de Belas Artes, por mais 270 dias, período de oito meses, conforme publicado nesta quarta-feira (26) através do Diário Oficial de Campo Grande, a prefeitura de Campo Grande informou que a obra receberá um aditivo financeiro de R$ 86.505,48.
Ao Correio do Estado, a prefeitura informou que as obras estão em execução, mas que receberá um reforço nos próximos dias. “Os trabalhos serão intensificados nos próximos dias, com o início da reforma do prédio da Guarda Civil Metropolitana”.
A empresa responsável pela execução da obra e readequação do espaço é a Campana & Gomes Engenharia Ltda pelo valor de R$4.400.243,24, sendo R$ 3.943.223,63 do contrato inicial e R$ 457.019,61 de aditivos.
A empreiteira assumiu a obra em agosto do ano passado, após rescisão do contrato com a vencedora da licitação, Orkan Construtora, que não estava cumprindo o cronograma.
Conforme noticiado anteriormente, pelo Correio do Estado, o contrato é para reforma e adequação de apenas parte do prédio, em um “puxadinho” referente a 4.357,33 metros quadrados de área do local, que tem no total 16 mil m².
Histórico
A obra do Centro Municipal de Belas Artes, no Jardim Cabreúva, se arrasta há cerca de três décadas.
A obra começou a ser feita em 1991, projetada para ser o Terminal Rodoviário de Campo Grande, mas foi paralisada em 1994 e o governo doou a estrutura para o Município em 2006.
De lá para cá houve outras intervenções, mas todas paralisadas, estando o prédio abandonado desde então, se tornando alvo de vandalismo e com desperdício de verba pública, visto que grande parte da construção se deteriorou e precisa ser refeita.
O projeto era que no local fosse construído o Centro de Belas Artes, com espaço para artes plásticas, dança, música e diversas outras manifestações culturais.
Em 2013, quando 80% estava executada, os atrasos nos repasses provocaram nova paralisação.
Em 2017, a gestão do então prefeito Marquinhos Trad (PSD) fez acordo com o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul para continuar a obra.
Em maio de 2020, a Justiça suspendeu a retomada da obra e em novembro de 2021 foi aberta a nova licitação, da qual a Orkan foi a vencedora.
A ordem de serviço foi assinada no dia 25 de fevereiro e a obra voltou a ser paralisada em junho.
A expectativa era concluir a primeira etapa até o início de 2023, dando funcionalidade ao espaço, mesmo com o restante do prédio sem intervenções.
No entanto, com a rescisão e o novo contrato, os prazos deverão ser readequados e a obra deve demorar mais.
PATRICK ROSEL, GLAUCEA VACCARI
Com o Portal Correio do Estado
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