quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Cidades de MS está entre os 10 que mais desmataram em 2013-2014

Correio do Estado


O hotsite Aqui Tem Mata, que mostra de forma interativa índices de desmatamento de 3.429 cidades no período 2013-2014 foi lançado hoje (11), pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Atlas dos Municípios da Mata Atlântica traz os dados mais recentes sobre a situação de cidades do Estado do Mato Grosso do Sul. O município de Juti ficou na 10ª posição entre as cidades que mais desmataram a Mata Atlântica entre 2013 e 2014, com 278 hectares (ha).

O estudo apresenta ainda um consolidado dos últimos 14 anos. A cidade do Estado que mais preservou o bioma no período de 2000-2014 foi Jardim, que conta com 78,8% de vegetação natural, em comparação com a área original. A vegetação natural inclui, além das florestas, outras áreas como refúgios, várzeas e campos de altitude. A capital do Estado, Campo Grande, possui 17% de área do bioma conservada.

Neste ano, os dados atualizados e o histórico das cidades abrangidas pela Lei da Mata Atlântica podem ser acessados no hotsite Aqui Tem Mata, que será lançado nesta semana e apresenta de forma simples e interativa as áreas remanescentes de Mata Atlântica no país. Com opções de busca por localidade, mapas interativos e gráficos, a ferramenta está disponível para web, tablets e celulares, permitindo que os dados estejam acessíveis a qualquer usuário e possam ser reutilizados com finalidades de educação e defesa da proteção da floresta.

“A SOS Mata Atlântica lança o Aqui tem Mata com o objetivo de tornar mais acessíveis os dados e o histórico das cidades que são abrangidas pelo Mapa de aplicação da Lei da Mata Atlântica. A partir de uma ferramenta de fácil visualização, qualquer pessoa poderá saber como seu município tem conservado o bioma mais ameaçado do Brasil. Ampliar o conhecimento sobre o assunto e torná-lo mais próximo do dia a dia é uma forma eficiente de incentivar a participação de todos na proteção do que resta de Mata Atlântica no país”, afirma Marcia Hirota, Diretora Executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.

Atualmente, a Mata Atlântica é a floresta mais ameaçada do Brasil, com apenas 12,5% da área original preservada.

O ranking de desmatamento do Atlas dos Municípios, com dados de 3.429 cidades brasileiras, é encabeçado pela cidade piauiense de Eliseu Martins, que teve supressão vegetal de 4.287 hectares (ha) no período entre 2013 e 2014. Por outro lado, outras duas cidades desse Estado, Tamboril do Piauí e Guaribas, lideram a lista das cidades mais conservadas, com 96% da vegetação natural. No recorte do período 2000-2014, a cidade campeã de desmatamento no Brasil é Jequitinhonha (MG), com 8.708 hectares desmatados.

Com índices de desmatamento de 3.429 cidades brasileiras, o ranking de desmatamento do Atlas da SOS Mata Atlântica é encabeçado pela cidade de Eliseu Martins (PI), com a supressão vegetal de 4.287 hectares (ha) no período entre 2013 e 2014. Em contrapartida, outras duas cidades do Estado, Tamboril do Piauí e Guaribas, lideram a lista das cidades mais conservadas, com 96% da vegetação natural. No recorte do período 2000-2014, a cidade campeã de desmatamento no Brasil é Jequitinhonha, com 8.708 hectares desmatados.

Com base em imagens geradas pelo sensor OLI a bordo do satélite Landsat 8, o Atlas da Mata Atlântica, que monitora o bioma há 29 anos, utiliza a tecnologia de sensoriamento remoto e geoprocessamento para avaliar os remanescentes florestais acima de 3 hectares (ha).

“Foram anos de trabalho para que pudéssemos consolidar uma base temática (mapa) que permite atualizações anuais consistentes. A possibilidade de o cidadão comum poder acompanhar a dinâmica da cobertura florestal do município onde reside é, sem dúvida, a materialização de uma intenção que tivemos no passado”, afirma Flávio Jorge Ponzoni, pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo INPE.

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