Um encontro envolvente para turistas, moradores e comunidade artística. O merecido destaque para os talentos de Mato Grosso do Sul e a população bonitense tornando-se protagonista e anfitriã do evento. É com esta nova diretriz que o FIB (Festival de Inverno de Bonito) chega a sua décima sexta edição entre 30 de julho e 2 de agosto. Ao contrário dos anos anteriores, em 2015 todas as atrações do festival terão entrada franca.
A programação reúne em quatro dias de evento 180 artistas, sendo 135 do próprio Mato Grosso do Sul e 45 de outros estados brasileiros. São músicos, escritores, artistas plásticos, artesãos, atores, dançarinos, pensadores e profissionais de diversas áreas que irão se dividir em aproximadamente 50 atrações artísticas, entre shows, peças, concertos, performances, seminários e debates. O festival ainda terá oficinas e atividades especiais para crianças e adolescentes. O público vai encontrar um ambiente sensível e harmônico para comungar e se nutrir de arte.
A diversidade de estilos estará presente nos shows musicais. No primeiro dia do evento, Almir Sater vai dividir o palco com os amigos Renato Teixeira e Sérgio Reis, em um show inédito ainda em Mato Grosso do Sul, em que os três artistas referências da música popular brasileira se unem para cantar juntos os grandes clássicos das respectivas carreiras. Mas são várias as vertentes musicais que irão passar pelo palco da Praça da Liberdade, como o moderno maranhense Zeca Baleiro, o som misturado do paulistano Curumin e sertanejo da dupla sul-mato-grossense Patrícia e Adriana. Não vai faltar ainda a banda Chá Noise, representantes da nova geração de músicos de MS, o quarteto fantástico da música regional (Dino Rocha, Guilherme Rondon, Paulo Simões e Celito Espíndola) unidos no Chalana de Prata e o maior representante da música paraguaia em solo sul-mato-grossense, o cantor Victor Hugo de La Sierra, que se apresenta ao lado do filho e da neta no fronteiriço Canto Guarani.
A cantora Delinha, que se apresenta com sua banda no primeiro dia do festival, será uma das homenageadas deste ano. Prestes a completar 79 anos e com mais de cinco décadas de carreira, a “Lua da música sertaneja brasileira” vai relembrar os sucessos que compôs ao lado do saudoso parceiro Délio. Juntos, formaram a dupla germinal da música de Mato Grosso do Sul ainda no final dos anos 1950. Dona de uma voz potente e com mais de 200 composições gravadas, Delinha segue firme na carreira solo e, como a matriarca da cultura de MS, merece a homenagem do FIB nesta edição. A outra homenageada é a saudosa atriz Janaína Menezes, falecida em 2010 e que se destacou como um dos maiores talentos das artes cênicas nascidos em Bonito. Assim como o brilho contagiante de Janaína será relembrado no festival, outros “prata da casa” terão espaço para mostrar a sua arte. O cantor Kalú e o trio Kuery Porã são a prova de que o solo bonitense produz artistas de gabarito, o que será comprovado pelo público em suas respectivas apresentações.
Exposições de artesanato e artes plásticas também irão destacar o talento dos artistas que produzem na cidade de Bonito, como Alessandra Mastrogiovanni, Barbosa Junior, Beto Marson e Shoitchi Yamada. Destaque para a legítima bonitense, a artista plástica Buga, que na elogiada exposição “Comitiva Pantaneira” cria a sua versão para esta centenária tradição cultivada nos campos do cerrado e invernadas pantaneiras. A programação do festival mergulha ainda mais profundamente nas artes plásticas de Mato Grosso do Sul com a exposição “Pantanal e Sua História nas Artes Plásticas Sul-mato-grossense”, com curadoria e acervo do Professor Gilberto Luiz Alves. São mais de 70 obras que revelam a riqueza das artes plásticas do estado e levam o público a compreender de que maneira a região pantaneira influenciou o trabalho de nomes expressivos como Ilton Silva, Humberto Espíndola e Jorapimo.
As peças teatrais apresentadas na Praça da Liberdade também irão proporcionar uma interação intensa entre plateia e atores. O clássico “O Santo e A Porca”, por exemplo, do mestre Ariano Suassuna vai ganhar versão sul-mato-grossense da Cia. Fulano di Tal. O espetáculo sem palavras “Bebê a Bordo” tem um que do genial Charles Chaplin, com Anderson Lima vivendo um palhaço andarilho com um grande desafio pela frente. É o festival unindo o teatro erudito e o popular, seguindo o objetivo de criar uma programação emocionante, com um novo foco, aflorar sentimentos. É o que faz os visitantes do Distrito Federal, a trupe do Coletivo Instrumento Ver, que irá montar em solo bonitense suas estruturas especiais para aparelhos aéreos em um espetáculo cativante de 40 minutos com acrobacias e números divertidos para todas as idades.
Para qualquer faixa etária também é a apresentação do Camalote. O grupo sul-mato-grossense de danças tradicionais traz para o festival um espetáculo vibrante, que atrai o público pelo figurino com estampas pantaneiras e uma trilha sonora gostosa para bailar, a base de muita ciranda, catira, siriri, polca e chamamé. A magia da música também estará presente. O maestro Eduardo Martinelli vai comandar a Orquestra Prelúdio, formada por um grupo de músicos clássicos que atuam em Mato Grosso do Sul. Juntos, eles irão interpretar os grandes clássicos da música erudita.
Durante o FIB vai acontecer oficinas de skate com o Coletivo VivaRua, de grafite com Guto Naveira e de dança de rua com Marcos Mattos e Lívia Lopes. Os alunos irão apresentar no final do festival o que aprenderam nas oficinas, seguindo a nova orientação do FIB de levar informação e cultura para a população envolvida com o festival. O debate de ideias e experiências também terá espaço na décima sexta edição do Festival de Inverno de Bonito.
Um seminário de economia criativa vai reunir no festival importantes pensadores e personalidade envolvidas com o assunto, de suma importância para entender a cadeia produtiva da cultura. Em dois encontros com palestras e roda de conversa, autoridades e envolvidos com o meio cultural irão refletir de que maneira economia e cultura devem caminhar juntas. A experiência de 20 anos do Conselho Municipal de Turismo de Bonito (COMTUR) e a Rota Pantanal Bonito são assuntos que também serão debatidos.
Em 2015, o público infantil ganhou uma atenção especial no FIB. Haverá várias atividades para as crianças envolvendo literatura, artes plásticas e cultura em geral. Os baixinhos também poderão assistir o “Cinemagia 3D”, um local aconchegante em que crianças irão acompanhar o curta ‘S.O.S Planeta Terra’, que enfoca os efeitos da influência que o homem exerce sobre o meio ambiente. Para fechar com chave de ouro a programação o festival proporciona ao público o contato com o espetáculo cênico musical “Crianceiras”. Concebido pelo músico Márcio De Camillo a partir da obra poética de Manoel de Barros, o musical circula pelo país desde 2012 e contabiliza mais de 100 apresentações, sendo visto por aproximadamente 120 mil pessoas. O espetáculo cênico-musical mistura poesia, música, dança, imagem, ação e movimento em uma encenação delicada e bela para todas as idades.
A realização do Festival de Inverno de Bonito (FIB) é da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) e do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
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