Foto: Izaias Medeiros
O presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, vereador Dr. Victor Rocha (PSDB), se manifestou no dia (08) sobre a reestruturação da saúde pública em Campo Grande, após a exoneração da secretária Rosana Leite de Melo e a criação de um Comitê Gestor para conduzir a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).
A medida, anunciada pela prefeita Adriane Lopes (PP), colocou à frente do comitê a ex-secretária de Saúde de Iguatemi, Ivoni Kanaan Nabhan Pelegrinelli, além de outros cinco membros com atribuições administrativas, financeiras e jurídicas.
Situação crítica
Para Dr. Victor Rocha, médico mastologista e referência no SUS, o momento da saúde na Capital é de “alerta máximo”, exigindo decisões rápidas e técnicas. Ele apontou três problemas centrais enfrentados atualmente:
Falta de medicamentos e insumos nas unidades básicas de saúde;
Déficit de médicos e profissionais da saúde, resultando em filas e demora no atendimento;
Escassez de leitos hospitalares, estimada em mais de 500 vagas, agravada pelo redirecionamento de atendimentos do Hospital Regional.
“Não basta trocar a liderança da Sesau. Precisamos garantir gestão eficaz e técnica, com foco na compra imediata de medicamentos, na ampliação de equipes médicas e na abertura de novos leitos hospitalares. A população não pode mais esperar”, afirmou o parlamentar.
Defesa de um novo secretário
Embora reconheça a importância do comitê gestor neste período de transição, o vereador defende a nomeação de um secretário ou secretária de Saúde para conduzir a pasta com autonomia e responsabilidade técnica.
“É imprescindível que o novo gestor ou gestora da Saúde tenha experiência, conhecimento técnico e compromisso com a população, com dedicação 24h por dia. O cidadão precisa de atendimento digno e rápido”, reforçou.
Propostas imediatas
Entre as soluções emergenciais sugeridas por Dr. Victor Rocha estão:
Compra imediata de medicamentos;
Ampliação de leitos em parceria com hospitais filantrópicos, como a Santa Casa e o Hospital do Câncer Alfredo Abrão, e hospitais privados como El Kadri, Clínica Campo Grande, Proncor e Pênfigo;
Estabelecimento de contratos transparentes que assegurem financiamento adequado à rede hospitalar;
Fiscalização e auditorias para garantir o uso correto dos recursos públicos.
Atuação da Comissão de Saúde
À frente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara, Rocha garantiu que seguirá acompanhando de perto a situação, com audiências públicas, fiscalizações e reuniões técnicas para monitorar as ações da Sesau.
“O momento exige união de esforços entre governo federal, governo estadual e prefeitura de Campo Grande. Nosso compromisso é garantir que cada cidadão tenha acesso ao atendimento de saúde com dignidade, qualidade e respeito”, concluiu.

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