terça-feira, 23 de setembro de 2025

Senadora Tereza Cristina se posiciona contra PEC da Blindagem e se alinha aos colegas de MS

 

                                             Foto: Andressa Anholete


A senadora Tereza Cristina (PP-MS) anunciou, nesta terça-feira (23), que votará contra a PEC da Blindagem, proposta que prevê o voto secreto em processos de cassação de mandatos no Congresso Nacional. A declaração, feita em suas redes sociais, coloca a parlamentar na contramão de parte expressiva da direita bolsonarista, que apoia a medida.


Com isso, todos os três representantes de Mato Grosso do Sul no Senado já se manifestaram contrários ao texto: além de Tereza Cristina, também são desfavoráveis os senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (Podemos).


A votação da proposta no Senado acontece após sua aprovação na Câmara dos Deputados, no último dia 16. Dos 513 deputados, 482 participaram da deliberação: 314 foram favoráveis ao voto secreto e 168 contrários. Entre os parlamentares de Mato Grosso do Sul, votaram a favor Beto Pereira (PSDB), Dagoberto Nogueira (PSDB), Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL) e Rodolfo Nogueira (PL). Já Camila Jara (PT), Vander Loubet (PT) e Geraldo Resende (PSDB) se posicionaram contra.


No Senado, a tendência é de rejeição. Mais de dois terços dos parlamentares já se manifestaram publicamente contrários à PEC, incluindo nomes de diferentes espectros políticos, como Randolfe Rodrigues (PT-AP), Sergio Moro (União-PR), Damares Alves (Republicanos-DF) e Jaques Wagner (PT-BA).


Posição do governador


O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), também se declarou contra a proposta. Na última sexta-feira (19), durante coletiva de imprensa na sede da OAB-MS, classificou a PEC como “extemporânea e fora de propósito”.

— “Sou totalmente contra. Acho que nem deveria ter discussão da maneira como foi colocada. A decisão é do Congresso, mas não cabe de maneira nenhuma”, afirmou.


A expectativa é de que a matéria seja rejeitada em plenário, o que deve enterrar a tentativa de reintroduzir o voto secreto em deliberações sobre perda de mandato parlamentar.

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