O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, oficializa nesta terça-feira (19/08), em Brasília, sua filiação ao Progressistas (PP). A mudança encerra a era tucana no comando de governos estaduais — iniciada em 1994 — e simboliza a nova lógica de sobrevivência e fortalecimento político no Brasil pós polarização.
A escolha de Riedel pelo PP não se deu por acaso. A sigla já tinha musculatura local, sob a liderança da senadora Tereza Cristina, figura de peso no Congresso e ligada diretamente ao campo bolsonarista, e do presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro. Com a entrada do governador, o partido consolida-se como o principal polo de poder em Mato Grosso do Sul.
A filiação fortalece a ideia de que o PP é hoje um dos partidos mais adaptáveis da política brasileira: já esteve na base de governos petistas, tucanos e bolsonaristas, sempre preservando espaço. Em MS, passa a ter, simultaneamente, o governo estadual, o comando da Assembleia e uma das principais lideranças nacionais.
Paralelamente, o ex-governador Reinaldo Azambuja articula sua ida ao PL. Embora não haja data oficial para a filiação, aliados dão o movimento como certo. O gesto devolve protagonismo a um partido que vinha fragilizado por disputas internas e pela perda de sintonia com setores conservadores locais.
Esse arranjo cria um bloco articulado entre PP e PL, sustentado pela proximidade de Riedel com Azambuja e pelo elo de Tereza Cristina com Jair Bolsonaro. Na prática, os dois partidos tendem a caminhar juntos nas eleições de 2026, com a prioridade clara de reeleger Riedel.
.jpeg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário