O Curso de Fonoaudiologia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), encerrou, dia (9), o primeiro semestre, com a avaliação da imersão prática dos mais de 30 acadêmicos da graduação - Projeto Estudos Integradores I - realizados em três Unidades de Saúde da Família (USF), na região próxima a Instituição, bem como, na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI), Cordeirinho de Jesus e, também, na Associação de Pais e Amigos do Autista (AMA), na capital.
Luan Gabriel C. Fagundes, acadêmico do curso, diz que a experiência foi muito positiva e que gostou muito da EMEI, porque teve contato com crianças de seis meses a 5 anos de idade, entendo e compreendendo o desenvolvimento da fala, desde os primeiros fonemas.
Já Gonçalves da Silva, concorda com o colega de classe, mas ressalta que os serviços prestados na AMA traz a noção prática numa instituição específica, possibilitando a atividade do fonoaudiólogo, no dia a dia, num local onde há especificidades de atendimento.
Para a acadêmica Vivian Yu Ntsai tudo foi importante, porque abrangeu diversas áreas. Na AMA pode-se notar o trabalho interdisciplinar com crianças e adultos; na vida das pessoas assistidas no local, o desenvolvimento é feito com a interação entre os mais diversos profissionais, como terapeutas ocupacionais, pedagogos, fonoaudiólogos, enfermeiros e tantos outros.
A acadêmica Elizandra Nogueira E. G. Teixeira, conta que se sentiu profundamente tocada com a compreensão dos diferentes níveis de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo Elizandra, na instituição dedicada a esse grupo, foi possível ver exercícios práticos voltados à estereotipia – que são movimentos involuntários repetitivos e que atinge todas as idades – com crianças, jovens e adultos de até 32 anos. “verificando a quantidade de suporte que a pessoa precisa para realizar atividades cotidianas”, conclui.
Umas das docentes de Fonoaudiologia, professora Dra. Stella Bacha, explica que o currículo da graduação em Fonoaudiologia, na UEMS, inclui a disciplina Projetos Integradores – que é a integração total, desde o primeiro ano, entre teoria e prática. Por isso esse projeto é feito por partes, I, II, III, IV e assim sucessivamente. “Nestes primeiros seis meses de existência do curso, os estudantes, puderam, durante 30 dias, ter experiências em Unidades de Saúde da Família (USF), na educação infantil com crianças de uma creche e, numa instituição que atende pessoas autistas de forma interdisciplinar”, comenta a professora.
Coordenadora do curso e referência nacional na área, a professora Dra.. Inezila Montenegro, afirma que, nesse primeiro momento, o projeto integrador é de observação. A ideia é entender a dinâmica da profissão, nos seus mais diversos campos de atuação. “É uma imersão na vida profissional, com um olhar voltado ao desenvolvimento comum e natural, nas crianças da EMEI por exemplo, do exercício profissional na entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), analisando como as coisas acontecem numa unidade de saúde pública e a especialidade das instituições, sem fins lucrativos, com serviços de suma importância para toda a sociedade, no caso da Associação de Pais e Amigos do Autista. É aprender a lidar em todas, ou pelos menos, nas principais áreas de atuação de um profissional fonoaudiólogo”, encerra.
Mostrando-se empolgada com os resultados das ações e avaliações desenvolvidas com os acadêmicos, nessas organizações parcerias, tanto na educação, quanto na saúde, como na sociedade civil organizada, a professora Dra. Marina Fregnan, com alegria, parabenizou a turma pelo progresso e pelos resultados positivos. Ela reitera que, “o contato com o pessoal, principalmente na AMA, é terapêutico porque, ainda que apenas observando, é possível identificar os materiais necessários, o tempo, a frequência de cada pessoa atendida e a forma como o profissional executa seu trabalho, revela a dinâmica da profissão”.
Por: Lucineia Ramos / Edição: Gisleine Rodrigues
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