terça-feira, 29 de julho de 2025

saiba o que é doador de sangue fenotipado e por que sua doação é essencial

 

                                            Foto : Mayra Franceschi


O sangue fenotipado é usado especialmente quando o paciente precisa de transfusões frequentes ou tem um sistema imunológico mais sensível.

Doar sangue já é um ato de extrema generosidade e solidariedade. Mas alguns doadores têm um papel ainda mais essencial: são os chamados doadores de sangue fenotipado.

Esses doadores passam por testes adicionais que identificam características específicas do sangue além do conhecido sistema ABO e fatores Rh, como os antígenos dos sistemas Kell, Duffy, Kidd, entre outros. Esses detalhes fazem toda a diferença em transfusões mais complexas e delicadas.

A busca por doadores fenotipados parte da necessidade específica de cada paciente. Nesse sentido a Rede Hemosul avalia e seleciona quais doadores devem ser fenotipados com base em critérios técnicos e clínicos. A Rede Hemosul orienta a população para que procure as Unidades para doar sangue de forma regular e, a partir disso, são identificados os doadores fenotipados compatíveis com os pacientes que necessitam.

O sangue fenotipado é usado especialmente quando o paciente precisa de transfusões frequentes ou tem um sistema imunológico mais sensível. Quando há incompatibilidade em antígenos menos comuns, o organismo pode reagir negativamente, destruindo as células do sangue recebido e até criando anticorpos perigosos. Ter doadores com perfis genéticos semelhantes reduz drasticamente esse risco.

“Caso tenha sido identificado como doador fenotipado e chamado para doar sangue, saiba que um paciente específico estará necessitando dessa doação. Ao se comprometer, venha fazer sua doação e não demore para atender ao chamado, pois provavelmente um paciente em estado grave, precisa de sangue fenotipado para continuar vivendo”, enfatiza a coordenadora da Rede Hemosul, Marina Torres.

Quais pacientes precisam desse tipo de sangue?

  • Pacientes com doenças hematológicas crônicas, como anemia falciforme e talassemia, que necessitam de transfusões frequentes;
  • Mulheres com histórico de sensibilização durante a gestação (por exemplo, fator Rh incompatível com o do bebê);
  • Pacientes oncológicos em tratamento com quimioterapia ou transplante de medula;
  • Pacientes politransfundidos, que já receberam muitas transfusões e desenvolveram anticorpos irregulares.

A importância da conscientização do doador fenotipado

Ao ser identificado como doador fenotipado compatível com pacientes de alto risco, o doador assume uma responsabilidade ainda maior: sua doação pode ser a única segura para determinadas pessoas. Em muitos casos, há pouquíssimos doadores compatíveis disponíveis no banco de sangue.

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