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Alguns gestos no ato de domingo (29), em São Paulo, foram vistos como movimentos de Bolsonaro que mostram uma espécie de empoderamento do governador. Um deles foi o fato do ex-presidente ter enviado para senadores e deputados um convite para se concentrarem, antes da manifestação, no Palácio dos Bandeirantes, a sede e residência oficial do governador de São Paulo.
O gesto foi visto como Bolsonaro atuando para aproximar sua base de Tarcísio e colocar o governador como um anfitrião do ato.
Outro movimento foi o fato de só Tarcísio de Freitas ter sido o único governador a discursar na manifestação, apesar de terem comparecido Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina. Nos demais atos, outros chefes do Executivo estadual chegaram a falar ao microfone.
O pastor Silas Malafaia, principal organizador da manifestação na Paulista, disse a aliados que perguntou aos governadores se queriam falar e que eles escolheram Tarcísio para representar o grupo.
Como informou a coluna, a fala do governador focada em ataques ao PT e ao governo Lula e poupando o ministro Alexandre de Moraes desagradou uma ala dos bolsonaristas, inclusive filhos do ex-presidente.
Após a manifestação, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um vídeo em suas redes pedindo aos seguidores que observassem os discursos feitos na Paulista. A postagem foi vista como uma indireta a Tarcísio.
— O principal recado que fica é pra você eleitor, (ver) quem compareceu, quem não compareceu. Como é que foram os discursos, quem faz o embate — disse Eduardo. O filho de Bolsonaro chamou atenção para o aspecto político do ato e emendou: “Quem não escuta cuidado, depois ouve coitado”.
Por
Bela Megale
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