"O nosso trabalho é fundamental para inspirar outras mulheres, sobretudo nos nossos Estados, a entrarem na política. Quando as mulheres são ouvidas, a sociedade melhora," disse Tereza Cristina
A bancada feminina no Senado, composta por 16 senadoras, escolheu nesta semana a Professora Dorinha (União-TO) como nova líder do grupo. A ex-líder, senadora Leila Barros (PDT-DF), se despediu da liderança, cargo que ocupou desde maio de 2024.
A senadora Tereza Cristina (MS), que é líder do PP, agradeceu e parabenizou Leila pelo trabalho no último ano. Ela também se colocou à disposição para ajudar a nova líder nas lutas que precisam ter continuidade.
“O nosso trabalho é fundamental para inspirar outras mulheres, sobretudo nos nossos Estados, a entrarem na política. Quando as mulheres são ouvidas, a sociedade melhora; crescem as políticas sociais voltadas para o atendimento às famílias e às necessidades sociais, como saúde, educação e segurança”, afirmou Tereza Cristina.
Leila fez um balanço das principais conquistas do período, agradeceu às colegas senadoras pela parceria. “A todas vocês, minhas 15 queridas companheiras, a minha gratidão pelo compromisso, sensibilidade e, acima de tudo, força de trabalho. Sempre trabalhamos com muita sororidade, e mostramos que é possível construir consensos acima das nossas diferenças partidárias”, afirmou
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) parabenizou Leila pela forma como conduziu a bancada, destacando o desafio de liderar um grupo plural. “As pessoas não entendem que somos diversas e pensamos diferente. Não é um clube da Luluzinha. Lá nos bastidores, a gente briga, porque pensa diferente, mas toma decisões pela maioria”, destacou.
Temas
Entre os marcos do seu mandato, Leila destacou a criação do gabinete exclusivo da Bancada Feminina e a aprovação de diversas leis de impacto social, como:
Atendimento prioritário às vítimas de violência doméstica nos serviços públicos (Lei 14.887, de 2024)
Inclusão da história das mulheres nos currículos escolares (Lei 14.986, de 2024)
Proteção contra crimes digitais baseados em inteligência artificial (Lei 15.123, de 2025)
Autorização legal para uso de tornozeleiras em agressores (Lei 15.125, de 2025)
Outro avanço relevante citado foi a recente aprovação do projeto que determina a reserva mínima de 30% de mulheres nos conselhos de administração das estatais, com recortes específicos para mulheres negras e com deficiência (PL 1.246/2021). A proposta, que contou com o voto favorável de Tereza Cristina, já foi encaminhado para sanção presidencial.
A ex-líder destacou ainda o papel da bancada nas discussões do novo Código Eleitoral (PLP 112/2021), conduzidas com o relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI), para garantir justiça e equidade no processo político. A bancada feminina defendeu a manutenção e ampliação dos mecanismos de incentivo à participação feminina na política: cotas de candidaturas e vagas, distribuição proporcional de recursos e combate à violência política de gênero.
A bancada também defendeu, ao longo do último ano, temas como licença menstrual, igualdade salarial, empreendedorismo feminino e combate à violência digital, sempre com escuta da sociedade e diálogo com os demais parlamentares.
As senadoras também marcaram presença em fóruns internacionais, como o G20 Parlamentar (P20) e a reunião de mulheres do BRICS, da qual participou Tereza Cristina, na qual temas como justiça climática, tecnologia e proteção digital foram levados ao debate global.
Com informações da Agência Senado

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