Verruck destaca importância de audiência sobre mais uma fábrica de celulose que vai gerar 2 mil empregos permanentes.
“Mato Grosso do Sul foi reconhecido pelo excelente ambiente de negócios e segurança jurídica” (Jaime Verruck)
Uma fábrica de R$ 16 bilhões que vai abrir 12 mil postos de trabalho periódicos durante sua construção e 02 mil empregos permanentes quando estiver operando. É este um dos grandes ganhos que serão agregados pela próxima indústria de celulose em Mato Grosso do Sul, com a chancela da Bracel. A cidade escolhida para o empreendimento é Bataguassu, a 310 km de Campo Grande.
O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), iniciará os trâmites para a construção da obra com uma audiência pública no dia 29 de maio, em Campo Grande. Depois da audiência, o Imasul encaminha a solicitação empresarial para que o Ceca (Conselho Estadual de Controle Ambiental) aprecie.
A audiência é uma atividade aberta para que a sociedade conheça os detalhes do projeto e discuta com as autoridades e empresários os impactos ambientais, sociais e econômicos. Segundo o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, esta é uma etapa fundamental do processo de licenciamento. “É a oportunidade que a sociedade civil tem de debater o relatório de impacto ambiental e as questões pertinentes”, disse ele, que preside o Conselho.
Metas de produção
A fábrica – que ficará a 09 km da área urbana de Bataguassu e a 3,9 km do Rio Paraná – terá capacidade para produzir 2,92 milhões de toneladas de celulose kraft por ano ou operar em modelo combinado, com 1,46 milhão de toneladas de celulose kraft, e 1,14 milhão de toneladas de celulose solúvel, totalizando cerca de 2,6 milhões de toneladas anuais. Além do eucalipto, o processo produtivo utilizará insumos como oxigênio, hidróxido de sódio, peróxido de hidrogênio, ácido sulfúrico, bissulfito de sódio e dióxido de cloro.
A captação de água será feita diretamente no rio, sem necessidade de construção de barragens. Segundo a empresa, 90% da água utilizada será tratada e devolvida ao curso d’água. A fábrica A estimativa de consumo de madeira é de 12 milhões de metros cúbicos de eucalipto por ano. A planta adotará as Melhores Tecnologias Disponíveis (BAT) e as Melhores Práticas de Gestão Ambiental (BPEM).
Sobre mais este grande investimento, Verruck credita os méritos à política governamental de fomento, às condições naturais do Estado e aos esforços da iniciativa privada. “Mato Grosso do Sul foi reconhecido pelo excelente ambiente de negócios e segurança jurídica. Detemos 24% da produção brasileira, temos a segunda maior área de eucalipto cultivado e lideramos a produção de madeira para a indústria de papel e celulose. Tudo isso torna o Estado um terreno fértil para investimentos globais”, exaltou.

Nenhum comentário:
Postar um comentário