Com Agências
A cúpula do MDB conta com o apoio majoritário dos diretórios estaduais do partido para começar a agenda de compromissos da pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS) ao Palácio do Planalto. Os entusiastas da candidatura própria buscam também adesões em alas de outros partidos da chamada terceira via, como PSDB e União Brasil, informa a CNN.
Mais de 20 dos 27 diretórios estaduais do MDB têm demonstrado apoio ao projeto. O deputado Baleia Rossi (SP), presidente nacional do partido, têm feito conversas constantes com os dirigentes regionais, mandatários e lideranças dentro da sigla e obtido aval para que Simone Tebet comece a rodar o país nas próximas semanas.
Além de eventos na capital paulista, ao lado do prefeito Ricardo Nunes e de Baleia Rossi, a senadora irá a Itapetininga (SP) para conhecer uma política municipal de emprego e renda para jovens carentes – a prefeita da cidade, Simone Marquetto, é cotada para uma eventual candidatura a vice-governador em São Paulo. Na semana seguinte, estão previstos compromissos em Porto Alegre, outra capital governada pelo partido, com Sebastião Melo.
Outro fato que tem animado os apoiadores de Simone Tebet são as conversas fora do MDB, além de manifestações públicas como a do senador tucano Tasso Jereissati (CE), que disse em entrevistas ver maior potencial de crescimento na pré-candidatura da parlamentar em comparação à do correligionário, o governador paulista João Doria.
Nesta semana, Baleia e outros dirigentes do MDB têm mantido conversas com outros integrantes do PSDB que resistem a embarcar na candidatura de Doria, vencedor das prévias do partido em novembro passado.
Outra sigla alvo de conversas é o União Brasil, resultado da fusão entre DEM e PSL que também é cortejada pelo ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro e pela campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, como afirmou o senador Flávio Bolsonaro, em entrevista à CNN.
Apontada nacionalmente por lideranças políticas como frente a Bolsonaro e Lula na corrida presidencial, a senadora Simone Tebet (MDB) também possui apoio da legenda estadual. Para nomes importantes do MDB-MS, Simone pode ter o nome popularizado no Brasil e se consolidar como a terceira via nas Eleições 2022.
Para o pré-candidato ao Governo de MS, André Puccinelli (MDB), nomes nacionais e pesquisas apontam que “o candidato não deve ser escolhido por quem tem maior aceitação e sim por quem tem menor rejeição”. Ao Jornal Midiamax, o ex-governador defendeu que Simone está nesse conceito e “é bom que ela tenha”.
Isso porque “ela se destaca pela sua competência profissional. O destaque que ela tem é por conta do que ela já provou”, aponta Puccinelli. Para o pré-candidato ao governo de MS, “o que falta para ela é a massificação do nome”.
O que não é uma realidade tão distante, já que Simone é considerada a pré-candidata que tem mais condições de desbancar Lula e Bolsonaro nas Eleições 2022, segundo o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). “Essas adesões são boas. Vão começar a prestar atenção e isso poderá levar a uma massificação do nome a melhoria dos índices”, destaca Puccinelli.
Otimismo e crescimento
Presidente da legenda em MS e ex-deputado estadual, Junior Mochi se mostra otimista diante do crescimento de Simone. “Nós aqui estamos otimistas, também, porque hoje existe uma polarização. Mas, existe, também, um percentual grande da população que não estaria disposta a votar em um ou outro candidato dessa polarização”, explica.
Para Mochi, a parlamentar tem “toda a possibilidade de crescer e encarar a terceira via”. Ele ainda destaca que a afirmação de Tasso é baseada em “pesquisas, de quem não tem rejeição, que é o caso dela [Simone]”. Assim, ele lista uma série de motivos — mesmos destacados por Puccinelli — pelos quais a senadora de MS se destaca na corrida presidencial.
“Ela não tem rejeição, é uma pessoa que se coloca bem, tem um bom histórico, experiência, tem competência comprovada, excelente prefeita de Três Lagoas, vice-governadora, deputada, senadora”, lista. Além disso, Mochi lembrou que Simone é “uma pessoa que é inteligente, preparada”.
Com isso, o emedebista acredita que os holofotes possam ser focados na senadora. “São várias lideranças, hoje, se manifestando com o nome da Simone, como aquela que reuniria melhores condições de crescer no decorrer da campanha eleitoral”, afirma Mochi, que também destacou o posicionamento de nomes nacionais que se posicionaram a favor de Simone. Como os senadores Tasso e José Aníbal, lideranças do PSDB, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
Por fim, o presidente regional do MBD disse que o maior desafio no momento “é realmente as lideranças abraçarem a candidatura dela”.
Senadora da CPI
Com a Prefeitura de Três Lagoas e vice-governadoria do Estado no currículo, Simone Tebet (MDB) é uma figura conhecida para além de MS, principalmente após trabalhos no Senado e com a CPI da Pandemia.Apesar de não ter sido indicada pelo partido para compor a Comissão, Simone foi peça fundamental nas investigações. Lembrada nas redes sociais e consultada em reportagens sobre a CPI, a senadora ganhou espaço nacional.
Quando não aparecia nas sessões, o público questionava na internet: ‘Senadora, abandonou a CPI?’. Mas, Simone explicou que “como a bancada feminina não tem assento na CPI, as senadoras fazem um rodízio entre elas para participar das reuniões”.
Junto com a bancada feminina, a senadora ganhou destaque especial no relatório final do relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL). “Nenhuma Senadora foi indicada por seus partidos para compor a CPI, mas a bancada feminina teve importante participação em todos os trabalhos, com destaque para a Senadora Simone Tebet (MDB/MS)”, escreveu.
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