sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Conheça 5 tendências para o mercado de carros elétricos

 


Por IG Delas



O mercado de veículos elétricos está aos poucos tomando conta do mercado. Na Europa e EUA isso acontece com mais rapidez em relação a outros países como o Brasil. De qualquer maneira, se o mercado brasileiro aderir à tendência mundial, 60% dos novos veículos vendidos no país serão elétricos até 2035.


Quem diz isso é a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) . Mas para isso é preciso investimentos, tanto em planejamento como em infraestrutura.  De acordo com Ricardo David, sócio-fundador da Elev , empresa que oferece ao mercado soluções para o ecossistema de mobilidade elétrica, é importante que o Brasil tenha uma agenda urgente mais ativa relacionada ao tema.


"Todas as informações que nós temos hoje em dia mostram que a eletromobilidade veio para ficar. Também é válido considerar o próprio interesse do consumidor, que vem crescendo durante os anos", pontua David.


Confira a lista com as cinco tendências selecionadas pelo especialista do mercado:


1. Agenda ativa para discussão sobre mobilidade elétrica


O novo relatório da Federação de Estradas da Noruega mostra que 77,5% dos veículos vendidos em setembro no país foram carros elétricos. A Noruega é o líder mundial na mudança para a eletromobilidade e busca acabar com a venda de veículos de combustíveis fósseis até o ano de 2025. Esse cenário pode ser observado em todo mundo e, mais recentemente, nos Estados Unidos.



Além disso, o Acordo de Paris, e s convenções internacionais que buscam a redução do efeito estufa auxiliam no crescimento do setor.


2. Transporte público


Um dos pontos que vamos observar grandes transformações em um futuro próximo será no transporte público . O mercado global de ônibus elétricos está em expansão, com projeção de atingir 704 mil unidades até 2027, segundo dados publicados pela MarketsandMarkets.


Porém, para o segmento ganhar de fato o Brasil, ainda há a necessidade de mudança no processo de contratação de empresas de transporte público nos municípios.


Na América do Sul já temos exemplos de cidades que adotam esse modelo, como é o caso de Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia), que têm frotas de ônibus elétricos de 400 veículos e cerca de 1.000, respectivamente.


3. Carros/ônibus como geradores de energia emergencial


Além do combate a emissão de gases do efeito estufa , os carros elétricos podem auxiliar as cidades como geradores em situações emergenciais, podendo fornecer energia para hospitais, asilos e escolas. Temos a possibilidade de utilizar esses veículos como verdadeiros geradores móveis para alimentar essas unidades em situações de necessidade.



"Você tem a possibilidade de usar esses verdadeiros geradores móveis para alimentar essas unidades. Algo que pode salvar vidas. Sabemos dos problemas da falta de energia em unidades hospitalares, que não são assistidas por geradores de emergência confiáveis. Há um modelo que torna possível utilizar os veículos elétricos para essa finalidade", afirma Ricardo.


4. Baterias


Uma das principais tendências que podemos observar hoje em dia é o avanço tecnológico das baterias inclusive no Brasil, que estão mais leves, sofisticadas e com grande autonomia e com novas tecnologias de produção, a base de nióbio e grafeno.


Com a maior autonomia dos veículos, os carros poderão simplesmente serem carregados em condomínios e residências. Isso é, com as novas baterias que duram mais tempo, o proprietário de um veículo elétrico só terá a preocupação de recarga quando estiver em casa.


5. Uso compartilhado dos carros elétricos


A última, mas não menos importante, tendência é em relação aos carros compartilhados , como é o caso de aplicativos como o Uber. O especialista afirma que haverá, além da utilização de carros elétricos nos serviços já conhecidos, poderão surgir novos meios que busquem na eletromobilidade a sua principal forma de locomoção.


As sociedades, principalmente as mais urbanas, vão passar, seguramente, a usar o carro elétrico de forma compartilhada como acontece em algumas cidades com patinetes e bicicletas . Outra vantagem será a redução de engarrafamentos e o menor número de veículos andando na rua.


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