sábado, 12 de junho de 2021

Variação genética melhora aptidão do feijão ao calor

 

Foram encontradas diferentes regiões genéticas que explicam a adaptabilidade
Por:  -Leonardo Gottems


Com o cruzamento do feijoeiro com uma espécie silvestre adaptada aos desertos, foi criada uma população de mapeamento genético que permite analisar a tolerância ao calor, o que aumentaria a capacidade de adaptação às condições ambientais do feijoeiro. Dentro da população de estudo, variáveis como rendimento por hectare, peso médio das sementes, peso seco das cascas e peso seco dos caules em condições de estresse térmico foram observadas. 



No decorrer da pesquisa, foram encontradas diferentes regiões genéticas que explicam a adaptabilidade a altas temperaturas e que deixam claro que essa tolerância é uma característica que depende de múltiplos genes. É o que afirma o engenheiro agrônomo Sergio Andrés Cruz Ruiz em seu trabalho de pós-graduação intitulado "Identificação de QTLs associados à resistência ao estresse térmico em populações interespecíficas de feijão comum derivadas de  Phaseolus acutifolius ". 


O trabalho foi dirigido pelo Dr. Steve Beebe, diretor do Programa de Melhoramento Genético do Feijão do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT) da Colômbia, e pela professora Diana Carolina López Álvarez, doutora em Ciências Agrárias e Ambientais Naturais, e apresentada no Mestrado em Ciências Agrárias da Universidade Nacional da Colômbia (UNAL) Sede de Palmira. “Esta pesquisa busca usar uma espécie silvestre adaptada a condições de baixa umidade para contrariar a vulnerabilidade de certas culturas às mudanças climáticas, no caso o feijão”, diz o agrônomo Cruz. 


A população interespecífica foi criada a partir do feijão comum ( Phaseolus vulgaris ) e uma espécie de feijão selvagem ( Phaseolus acutifolius ) que foi avaliada como uma fonte potencial de genes associados à tolerância ao calor.

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