sábado, 19 de junho de 2021

Soja leva maior tombo da história

 



Tudo o que esta relacionado a commodities caiu forte, com pressão do dólar
Por:  -Leonardo Gottems


O mercado de soja-grão caiu nada menos que 123 cents/bushels nesta quinta-feira, 17 de junho de 2021. De acordo com a Consultoria TF Agroeconômica, essa foi uma “data histórica, porque nunca se viu queda semelhante”. “Alguém ainda acha que o preço da soja vai voltar a ser o que era em maio?”, questionam os analistas de mercado.



Segundo eles, o mercado foi novamente influenciado pelo desempenho do óleo de soja, que terminou pelo segundo dia consecutivo no limite diário de queda estabelecido pela bolsa. Nas duas últimas sessões, o derivado perdeu 350 pontos (5,71%) e 550 pontos (9,51%), respectivamente. 


“O óleo de soja, uma das principais matérias-primas usadas na fabricação de biodiesel, vem sendo pressionado por um movimento de realização de lucros e por rumores de que o governo do presidente Joe Biden pode flexibilizar regras de mistura de biocombustíveis”, explica a equipe da Consultoria TF Agroeconômica.


Também contribuiu para a queda, ressaltam os analistas, o pequeno volume de exportações de soja da semana (apenas 6.000 toneladas) contra a expectativa do mercado de zero a 400 mil tons: “Além destes dois fatores, dois outros também exerceram pressão: modelos mais convergentes em termos de chuvas e o forte avanço do dólar nos mercados financeiros, que tira a competitividade americana, aumentando os estoques”.


De acordo com a agência Bloomberg, foi um dia foi de queda generalizada para as commodities, vinculada à pressão do dólar (index). “O petróleo caiu para sua mínima em um mês diante de uma alta do dólar e pelo comportamento dos investidores, que estavam com posições empilhadas para se proteger da inflação, o que promoveu, inclusive, a saída de outros setores. Tudo o que esta relacionado a commodities caiu forte. Esta é uma liquidação que veio sendo construída há semanas”, disse o representante da Again Capital LLC, John Kilduff em declaração à Bloomberg. 

Nenhum comentário: