O Brexit deu ao Reino Unido a chance de se libertar das regras que dificultaram o uso de plantações geneticamente modificadas por duas décadas. Agora, a iminente autorização do uso da edição de genes em plantas e animais colocaria o país em sintonia com vários que já aprovaram essa tecnologia.
Quando Boris Johnson se tornou primeiro-ministro do Reino Unido em 2019, se comprometeu a 'libertar a extraordinária indústria de ciências da vida do Reino Unido das regras contra a modificação genética'. O país teve que aderir a rígidas regulamentações europeias de biotecnologia até finalizar seu divórcio da União Europeia em janeiro. No mês que vem, espera-se que o governo cumpra a promessa de Johnson, facilitando o teste e a comercialização de algumas plantações e animais geneticamente modificados.
A decisão, a ser lançada antes de 17 de junho, se aplica a plantas e animais cujos genes foram editados com técnicas de precisão como o CRISPR. Isso colocará o Reino Unido em sintonia com vários países, incluindo os Estados Unidos, e os biotecnologistas do Reino Unido dizem que vai acelerar a pesquisa e estimular o investimento.
"Por mais que você tenha que engolir em seco e ranger os dentes, o Brexit paga pelo menos um dividendo", diz Jonathan Jones, biólogo de plantas do Laboratório Sainsbury, um centro público de pesquisa de safras. Tina Barsby, diretora executiva do Instituto Nacional de Botânica Agrícola, diz que a mudança pode ser "o avanço político mais significativo no melhoramento de plantas em mais de duas décadas".
Em contraste, a edição de genes [permite] alterar os próprios genes de uma espécie sem adicionar permanentemente qualquer novo material genético. Os proponentes argumentam que a edição de genes é simplesmente uma aceleração das técnicas clássicas de melhoramento, que selecionam características aprimoradas por mutações (geralmente criadas por indução com produtos químicos ou radiação).
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