terça-feira, 15 de junho de 2021

Governo do Estado diz que Ministério Público deve definir sobre decretos mais flexíveis das Prefeituras

 

Estado defende que fez sua parte e que consequências devem ser assumidas pelos prefeitos


Izabela Cavalcanti

Com Campo Grande, Dourados e Ponta Porã contrariando o decreto do Governo do Estado nesta segunda-feira (14), que determinava restrições mais rígidas para evitar a disseminação da Covid-19 em 43 municípios, o Estado entende que fez sua parte e que, agora, cabe ao Ministério Público a tomada das medidas legais cabíveis nesta situação.


No entanto, conforme o Procurador-Geral de Justiça de Mato Grosso do Sul, Alexandre Magno, o que se sabe é que as medidas mais restritivas estão vigentes e que a promotoria só poderá se posicionar após ser oficiada pelo Governo estadual sobre qual o parecer técnico para coibir a flexibilização.



Além disso, segundo Magno, o Ministério Público Estadual ainda não foi notificado pelo Estado ou pelo municípios que querem diminuir as medidas restritivas.  


“A promotoria agora aguarda o posicionamento do Estado  e, apenas posterior ao recebimento desse laudo, que ela poderá agir ou não com órgão de controle e fiscalização. Até lá, o entendimento que nós temos é que o que vale são as medidas mais restritivas vigente, seja de qual for o ente federativo”, informou.


Em nota, o Governo do Estado também informa que cumpriu seu dever e alerta aos prefeitos que adotarem medidas mais flexíveis, que assumam as consequências.


O Governo também lembra que acatou o pedido da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) que reivindicou medidas mais rígidas, entre elas, toque de recolher, lei seca, fiscalização, cumprimento do Programa de Saúde e Segurança na Economia (Prosseguir)


Em Campo Grande, o prefeito Marcos Trad (PSD), decretou que as medidas restritivas adotadas na Capital voltassem a ser as que estavam em vigor na semana passada.


Com isso, as atividades consideradas não essenciais e que estavam proibidas de funcionar pelo prazo de 15 dias, poderão voltar ao funcionamento, desde que respeitem as normas de biossegurança.


Restrições

O decreto imposto pelo Governo do Estado que coloca 43 municípios na bandeira cinza do Prosseguir começou a valer no último domingo (13).


A cor da bandeira indica grau de risco extremo de contaminação da Covid-19.


Com isso, estava estabelecido que durante o período de 15 dias, apenas atividades consideradas essenciais poderiam funcionar.


Entre as atividades que estavam autorizadas estavam igrejas, academias, estabelecimento de educação infantil, fundamental, médio, técnico-profissionalizante, superior e pós-graduação em formato presencial.


Já o comércio, bares e restaurantes poderia funcionar apenas por delivery. Salões de beleza, áreas comuns de condomínio, feiras e atividades de turismo, por exemplo, não poderiam abrir ao público.


Com informação do Portal Correio do Estado

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