quinta-feira, 10 de junho de 2021

Depois de 51 dias, Fahd Jamil deixa sede do Garras e está em prisão domiciliar

 



Ele entregou o passaporte e não poderá sair da Capital sem autorização prévia da Justiça


Gabrielle Tavares, Izabela Cavalcanti

Fahd Jamil deixou a sede da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) na noite de quarta-feira (9), após 51 dias. Ele pagou fiança de R$ 990 mil e foi autorizado a permanecer em prisão domiciliar.


De acordo com o advogado de defesa, André Borges ele está em um apartamento próprio em Campo Grande. Ele também já entregou o passaporte e não poderá sair da Capital sem autorização prévia da Justiça, a não ser para atendimentos médicos.


Na residência, está uma profissional da saúde para prestar cuidados médicos, além do filho de Jamil.


"Nós vamos cumprir as condições impostas. É o que nos cabe", declarou o advogado de defesa, Gustavo Badaró.



A fiança foi fixada a 900 salários mínimos, obtido pelo "rei da fronteira" seis dias após a decisão do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande.


A defesa solicitou a prisão domiciliar sob alegação de que o acusado tem saúde debilitada, e necessita de cuidados especiais.


Ele está proibido de manter contato com testemunhas ou demais réus de todos os processos originados da Operação Omertà.


No 150° de prisão domiciliar, o acusado será encaminhado para reavaliação médica no Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol).


 

Crimes

Também conhecido como 'Rei da Fronteira', Fahd está preso desde 19 de abril acusado de vários crimes. Ele foi alvo da terceira fase da Operação Omertà.


O grupo mantinha na Fazenda Três Cochilhas, em Ponta Porã, uma espécie de "quartel-general da pistolagem".


Além disso, o assassinato do ex-chefe de segurança da Assembleia Legislativa, Ilson Martins Figueiredo, que ocorreu em 11 de junho de 2018, é o crime que expõe a aliança entre o que os investigadores chamam de organizações criminosas de Jamil Name e de Fahd Jamil.


O grupo de Fahd Jamil também teria executado o pistoleiro Alberto Aparecido Roberto Nogueira (o Betão), em abril de 2016, e Orlando da Silva Fernandes (o Bomba) em outubro de 2018.


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