Acusado de chefiar milícia está intubado em Mossoró (RN) com Covid-19
Izabela Cavalcanti
Jamil Name, de 82 anos, acusado de chefiar milícia, já apresentava sinais de incapacitação cinco dias antes de ser internado com Covid-19.
O que confirma isso foram as informações prestadas pelo Juiz Corregedor da Penitenciária Federal de Mossoró ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com ele, Jamil estava incapacitado para qualquer ocupação desde o dia 26 de maio, estando na enfermaria da penitenciária sem condições de retornar para a cela.
Além disso, Name já estava se queixando de diarreias desde 27 de março, o que só foi informado dia 31 de maio, dois meses depois, no mesmo dia da internação.
Neste mesmo dia, a administração do presídio solicitou a compra de fraldas geriátricas revelando que a Unidade não teria condições de fornecer itens de higiene.
Já no dia 2 de junho precisou ser intubado por complicações da doença.
Para o advogado de defesa, Tiago Bunning, esse relato mostra claramente que Jamil Name não tinha qualquer condição de estar em uma cela.
"Desde 26/05/2021 estava na enfermaria sem voltar para a cela, incapacitado. Não tomava banho, não comia, não fazia nada sozinho", explica.
Transferência
Ontem (7), a defesa de Jamil Name conseguiu autorização do STJ para transferi-lo à uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de Hospital particular em Brasília para continuar o tratamento contra a Covid-19.
Prisão
Name foi preso em 27 de setembro de 2019, na Operação Omertà, sendo apontado como chefe de milícia e responsável por uma série de assassinatos no Estado.
No dia 30 de outubro do mesmo ano, foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró, onde permanece desde então.
Os advogados já tentaram mais de 20 pedidos de prisão domiciliar para Jamil Name, se for contabilizada todas as instâncias. No entanto, todos foram negados.
Com informação do Portal Correio do Estado
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