sábado, 26 de setembro de 2020

Shopping China anuncia abertura de free shops em três cidades de fronteira, incluindo Ponta Porã

                                          Foto:Divulgação

Com a possibilidade de instalação lojas francas nas fronteiras do Brasil com países vizinhos, como Paraguai, Uruguai e Bolívia, o Shopping China decidiu fazer parte deste novo modelo de comércio.

A decisão foi tomada pelo empresário Felipe Cogorno Álvarez, dono da empresa. A marca anunciou que três cidades de divisa receberão os free shops: Foz do Iguaçu e Guaíra, no interior do estado do Paraná, e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

Assim como a sede, essas unidades comercializarão produtos nacionais e estrangeiros com isenção de impostos de importação e pagarão 6% de impostos sobre produtos estrangeiros e 3% de impostos sobre produtos nacionais.



A loja Shopping China, que fica em Pedro Juan Caballero, lado paraguaio da fronteira, está de portas fechadas desde março, quando o trânsito entre as cidades gêmeas foi bloqueado devido à pandemia da Covid-19. De lá pra cá a empresa trabalha unicamente com vendas online.

A assessoria do Shopping disse que aguarda o decreto que promete a flexibilização para daí conseguir pôr a unidade em pleno funcionamento.

"A gente depende muito da reabertura da fronteira para poder reabrir as portas também!", ressaltaram.
Comércio e Fronteira

O fechamento da fronteira das cidades gêmeas de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero já dura mais de 6 meses.

Segundo o Presidente da Câmara de Indústrias, Comércio, Turismo e Serviços de Pedro Juan Caballero, Victor Hugo Barreto, desde que a pandemia começou mais de 200 empresas já fecharam, lojas ficaram sem abrir e cerca de 5.000 pessoas estão desempregadas, mas a possibilidade de reabertura enche os olhos dos comerciantes.

"Nós estamos muito felizes nesse sentido de que, abrindo a fronteira, com certeza a economia melhora, e isso vai ajudar a região no desenvolvimento novamente."

O anúncio de reabertura das fronteiras foi dado pelo Governo Paraguaio, por meio de coletiva de imprensa.

A previsão de que até a próxima quarta-feira (30), a situação já esteja regularizada, sendo que as primeiras 3 semanas funcionarão como teste, priorizando questões de controle de saúde.

Ainda segundo o presidente da Câmara, a onda de protestos de comerciantes da região teve muita influência sobre a tomada de decisão do Governo.

"A gente dependia do decreto do Brasil, mas dentro dele a fala é muito clara, se tem reciprocidade não tem porque fechar, e esse era o problema, o Paraguai não dava a brecha, mas aí o Governo se manifestou em prol de todas as sociedades de fronteira para flexibilizar.", afirmou Barreto.

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