quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Deputado presencia tentativa de assalto e 'transmite' durante sessão da Assembleia Legislativa



Gabrielle Tavares

Um episódio incomum roubou a cena da sessão da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (17). Em meio a discussões rotineiras sobre as leis da Capital, o deputado João Henrique Catan (PL) presenciou uma tentativa de roubo e narrou os fatos aos colegas que estavam na sessão.

Ele companhava a leitura da ordem do dia, feita pelo deputado José Teixeira (DEM), em seu carro, estacionado Rua Calil José Domingos, quando presenciou a tentativa de assalto.

O suspeito arrombou a porta de um Celta, estacionado em frente a um escritório de advocacia, e tentava ligar o veículo, armado com uma faca.

A secretária executiva Isabel Carvalho, 60, que trabalha há 21 anos no escritório, viu a movimentação estranha e avisou o advogado Luan Alckimim, proprietário do veículo.

“Aí ele saiu correndo. Quando ele chegou lá, o homem estava sentado no banco do motorista com a porta entre aberta, foi quando segurou a porta com as duas mãos e prendeu o bandido lá dentro”, contou Isabel.


De acordo com a testemunha, o suspeito resistiu a investida de Luan, mas ficou com o braço preso para fora do carro, ainda empunhando a faca. Outros advogados e pessoas que passavam na rua foram em socorro do proprietário e o ajudaram a segurar a porta contra o braço do assaltante.

“Aí ele não aguentou e soltou a faca, e o pessoal continuou prendendo ele lá dentro até a polícia chegar. Depois que ele já tinha se rendido, ele chegou a pedir para deixarem ir embora, mas não aceitaram”, afirmou a secretária.

Luan ficou com o braço esquerdo ferido, ocasionados pela faca do assaltante.

Catan narrou os fatos para seus colegas na sessão on-line. “Desculpa a interrupção e a informalidade, mas acabei de presenciar um ato heroico de um advogado que tomou uma arma branca de um bandido que tentava roubar seu carro”, informou.

No momento, a polícia ainda não havia chegado no local no momento da declaração de Catan. “Se não houvesse mais gente para ajudar, ele poderia ter sido esfaqueado e machucado pelo assaltante”, apontou o deputado.

Depois dos fatos, a palavra voltou ao presidente da casa e a sessão foi continuada.

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